domingo, 19 de junho de 2016

[ONESHOT THE O.C.] stop crying your heart out



Stop Crying Your Heart Out.



Hold up

Hold on

Don't be scared

You'll never change what's been and gone

_

Segure-se

Aguente

Não tenha medo

Você nunca mudará o que aconteceu e o que já passou





Eu a matei. Eu só queria conversar com ela. Pedir uma segunda chance. Eu nunca quis que ninguém se machucasse... Que ela se machucasse.

Já se passaram três meses. A cada dia me sinto pior. Lembro-me da primeira vez que a vi e como ela me olhou com desdém. Chega a ser engraçado.

Quando a levei para longe a fim de machucar Ryan. Quanta ironia. Quando a conheci, achava que se a machucasse, estaria ferindo Ryan também. Mas vendo como ele está seguindo com sua vida, acho que quem mais está sofrendo sou eu.

Lembrar o quanto ela me odiava é tão doloroso. Eu poderia ter sido melhor, mas eu não quis. Eu deveria ter sido melhor por ela, mas algo dentro de mim sempre dizia que eu nunca seria. Nunca.

Meu maior arrependimento foi ter estragado tudo e não ter lutado por ela. Todos os dias eu fico imaginando como seria se eu tivesse me desculpado com ela naquele maldito baile de formatura.

Arrependo-me de não ter dado ouvidos ao Ryan quando ele me disse para cuidar dela e tratá-la bem. Arrependo-me de tê-la colocado no mesmo caminho que eu e no meio de pessoas baixas.



Deus. Se eu pudesse voltar no tempo. Mas não há nada que eu possa fazer além de deitar nesta cama com o cheiro dela e o copo na mão.

Ultimamente tudo o que tenho feito foi ficar neste maldito trailer onde ela morava quando finalmente a conheci. Como se fosse compensar a merda que eu fiz. Como se fosse mudar alguma coisa.

A ultima vez que falei com Ryan, ele me disse que o mundo seria muito melhor se eu não estivesse nele. Não posso discordar. Eu nunca fiz nada certo, nem mesmo por Sadie. Mas posso fazer agora. Posso fazer o que Ryan merece... O que Marissa merece. O que o mundo merece.



Get up (get up)

Come on (come on)

Why you scared? (I'm not scared)

You'll never change

What's been and gone

_

Levante (Levante)

Venha (venha)

Por que você está assustado? (Não estou assustado)

Você nunca mudará

O que aconteceu e o que já foi





Caminho até o banheiro, com o copo em uma mão e a arma na outra.

Não é tão difícil tomar uma decisão, afinal.

Coloco o copo na pia e olho para o espelho.

É outra pessoa ali. Seus olhos já nem tem mais vida. Sua expressão... Bom, não há mais expressão alguma em seu rosto.

Coloco o copo dentro da pia e volto a olhar para o espelho.

O que tenho a perder? Marissa está morta, todos os que se diziam meus amigos se foram, até Heather. Não que eu sinta falta de algum deles, mas estou sozinho aqui.

Agora entendo o motivo de dizerem que viver com a culpa é o pior tipo de punição. Ela corrói.

Olho agora a arma carregada em minha mão. Já me decidi. Não tenho nada a perder.

Aponto a arma carregada para minha cabeça. Sem mais pensamentos. Sem mais perguntas. Sem mais chances.

Dou uma ultima olhada no espelho. Aquela pessoa tem uma arma apontada para sua cabeça e não parece estar incomodada.


Just take what you need

And be on your way

And stop crying your heart out

_

Apenas pegue o que você precisa

E siga seu caminho

E pare de chorar tanto







Quais são suas últimas palavras?

[ONESHOT THE O.C.] Alone







"Eu nunca quis que ninguém se machucasse... Que ela se machucasse."


Classificação: 16+
Categorias: The O.C. Um estranho no Paraiso, O.C.
Personagens: Kevin Volchok
Gêneros: Death Fic, Tragédia
Avisos: Álcool

[ONESHOT SMALLVILLE] Lies, betrayals and deaths


Lies betrayals and deaths


Lutessa Lena Luthor. Qual é o seu problema? Você não devia ter sentimentos por Zod. Ele nem é do seu planeta.

Tess estava com a cabeça a mil. Ja era a terceira vez que ela dormira com Zod... na mesma semana. Seu corpo estava todo dolorido e com hematomas por todo lugar, no rosto, nos braços, nas pernas.

Eles se viam como inimigos - o que realmente eram -, mas ela tinha seus métodos de fazer as pazes com Zod depois de toda a briga e pancadaria, o mais funcional era na cama. Ela o odiava por tudo o que ele havia feito desde quando chegara - ou invadira - a sua mansão. Mas também, ela sentia que ele podia tê-la conquistado. Talvez na cama. Parece que em outros planetas eles também conhecem o Kama Sutra.

Ela se virou para Zod e se apoiou no cotovelo para observá-lo. Para um alienígena, até que ele tinha um corpo bem admirável. Ela tocou a corrente com o símbolo da família kryptoniana de Zod e depois olhou seu rosto. Tão desprezível.

Tess se perguntou por que não o havia matado ainda. Ele não tinha poderes, era um mero mortal, assim como ela. Então o que a impedia? Sentimentos? Talvez. Mas ela nunca havia pensando nisso antes. Nunca deixou seus sentimentos atrapalhar em nada. Por que agora? Por que deixar seus sentimentos por um homem que a odeia e a deixa cheia de hematomas atrapalharem alguma coisa? Por que TER sentimentos por esse homem? Tanta confusão.

...

Quando Zod acordou, Tess ja não estava mais na cama. Ele se levantou e se olhou no espelho. Um corte no lado esquerdo do rosto e outro no abdômen e mais algumas marcas roxas pelo corpo. Suas brigas com Tess eram frequentes, mas não era ele quem saia mais machucado, apenas um corte aqui e outro ali, as vezes alguns roxos no rosto. Ele achava Tess uma mulher incrível, porém detestável. A seu ver, todos os humanos eram detestáveis, mas ele não tinha mais os Kandorianos a sua disposição, então só lhe restava Tess.

(...)

- Como passou a noite? – perguntou Zod adentrando a sala de estar da mansão

Tess estava de costas para ele, checando documentos e não se deu o trabalho de responder. Ela se arrepiou ao sentir a barba por fazer de Zod roçar seu pescoço.

- Você não pode me ignorar. Sabe disso.

- Ah não? Então olha só isso – disse e se afastou dele, indo em direção à porta.



Zod segurou seu braço e a virou para ele.



- Por que está fugindo, Tess?

- Não estou fugindo. Ao contrario de você, tenho negócios para resolver.

- Não é o que parece – Ele levou a mão até seu braço esquerdo e foi subindo lentamente até o rosto dela, em seu lábio inferior havia um corte e um leve inchaço, em volta de seu olho esquerdo estava um roxo escuro. – Por que ainda é contra mim e tudo o que quero fazer? É para um mundo melhor.

- Não! É por um mundo onde você possa governar e destruir como fez com Krypton!

- Acha que eu quero isso? - ele usou seu melhor sorriso convincente e se aproximou dela – O que eu quero...

- É que todos se curvem perante General Zod – interrompeu – Já sei.

Ele estava perto o suficiente para que Tess sentisse o perfume caro dele. Ela se sentiu tonta, mas antes que se afastasse, Zod sussurrou algumas palavras que ela não entendeu e a beijou. E lá estava ela; se sentindo segura nos braços daquele que ela mais odiava no mundo. Seus beijos sempre eram longos e quentes. Esse não foi diferente. Quando deu por si, Tess já estava quase nua, deitada na grande mesa de vidro, sobre todos os papéis que estavam lá, em seguida, Zod arrancou o resto de suas roupas.



- Você poderia ser minha mulher. Poderíamos governar a Terra juntos.

- Eu. Te. Odeio.

Ambos sorriram e se entregaram ao prazer.



...



Mesmo com todos os momentos que tinha com Tess, era obvio que Zod não confiava nela. Humanos não lhe passavam muita confiança. Dizer que ele estava tentando ter os poderes de Kal-El não era algo para ser compartilhado com ela.

Depois de meses tentando descobrir um jeito de ter seus poderes, ele finalmente descobriu algo que poderia dar certo. O problema era que ele teria que morrer para que funcionasse. Não era lá boa coisa, mas era a única forma de ter seu exército Kandoriano de volta e com isso, conquistar e governar a Terra.



...



Zod saiu de casa depois de Tess para evitar perguntas e uma provável perseguição.

Seu plano era simples: Zod pagara alguém para sequestrar Lois Lane. Depois disso, ele "seguiria" o tal sequestrador e tentaria salvar Lane, o que resultaria em sua morte. Kal-El se encarregaria do resto. Zod esperava que sim.

Às nove da manhã ele já estava na cafeteria em frente o Planeta Diário. Lois estava na esquina do outro lado da rua, a alguns metros do Jornal quando um homem se aproximou, puxando-a pelo braço para o beco. O plano não era empurrá-la para o beco e sim levá-la para um lugar menos público. Zod se levantou e foi até onde os dois estavam e quando chegou perto o bastante para enxergar direito, viu que o homem estava com o nariz sangrando - ele sabia que Lois era durona e sabia se cuidar, por isso escolhera ela -, quando olhou para Lois, ela estava no chão, com uma poça de sangue a sua volta. Isso não era parte do plano. E então ele percebeu que era um assalto e que era de verdade.



- Ei - Zod gritou e foi na direção do homem - Deixe-a.

O bandido apontou a arma para Lois e olhou para Zod.

- Dê mais um passo e eu atiro.

- Deixe-a - repetiu - Você já tem o que quer.



Zod deu dois passos curtos e se arrependeu. Seu plano nunca fora machucar Lois realmente. Ela era uma boa pessoa, não que ele se importasse. Mas lhe doeu quando viu a bala entrando em seu pescoço e ela caindo na poça de sangue. Zod ficou sem reação. Lois estava morta e era sua culpa. Ele deveria mesmo se sentir culpado? Argh, claro que não... Nem fora culpa dele. Ele deu outro passo e viu a arma ser apontada para ele. Deveria continuar com o plano?

Quando deu outro passo, sentiu algo perfurar seu estômago. Ele levara um tiro e já havia caído no chão quando viu o bandido ser jogado contra a parede. Kal-El

...



- Não, não, não. Lois!



Clark gritava abraçado ao corpo de Lois. Por quê? Por que isso tinha que acontecer com ela? Parecia uma maldição; perder todos que amava, seu pai, Alicia, Lana e agora Lois.

Ainda abraçado ao corpo de Lois, ele ouviu algo. Um coração que batia fraco, quase parando. Não era o de Lois, o dela já havia parado há muito tempo. Era o de Zod. Ele ainda estava vivo, mas por pouco.

Clark não sentia simpatia por Zod, mas não era justo deixar que ele morresse ali por nada.

Ele repousou o corpo mole de Lois no chão com cuidado, como se ela fosse acordar reclamando com ele por ser tão bruto, e foi até o corpo de Zod. Havia cacos de vidro por toda parte, Clark pegou um e fez um pequeno corte em sua própria mão, deixando o sangue pingar sobre a ferida de Zod. Não demorou até a ferida se fechar e seu coração voltar ao normal.

Ele poderia fazer o mesmo com Lois... Se ela fosse Kryptoniana. Não lhe restava muita coisa. Na verdade, não lhe restava mais nada.

...

Zod acordou pouco depois de Clark levar o corpo de Lois embora. Ele não sabia se deveria se sentir mal pela Lois ou bem por estar vivo e... Com seus poderes. Pessoas morrem o tempo todo.

- Agora sei por que Kal-El nunca quis abrir mão de seus poderes para viver como um humano qualquer - murmurou para si mesmo. - Isso é incrível!

Agora que tinha seus poderes, ele só precisava mostrá-los aos Kandorianos para ter seu exército de volta.

_

Tess estava se sentindo completamente desnorteada. Sua cabeça estava uma bagunça. Transar com Zod não estava lhe trazendo o efeito que ela esperava. Relaxar. Era tudo o que ela queria. Sexo era para isso, não era? Mas ela estava quase tendo alucinações. Droga! Ele é realmente muito bom.



- Tess - Clark entrou na sala aos gritos



Ela se levantou



- O que foi?

- Lois...

- Não sei onde ela está. A namorada é sua.

- Ela está morta!

- O que?

- Acho que Zod tem alguma coisa a ver com o que aconteceu. Ela levou um tiro.

- Por favor, me diz que ele também está morto. Dê-me ao menos uma boa notícia.

- Eu o salvei.

- O que? Por quê?

- Não me pareceu certo deixá-lo morrer.

- Por favor, Clark! Era a coisa mais certa que você poderia ter feito em toda a sua vida.

- Tess...

- Como... Como o salvou?

- Meu sangue.



Ela foi atingida por um turbilhão... E se isso causasse algum efeito colateral em Zod? Não. Isso não poderia acontecer. Ele era kryptoniano. Seu corpo era diferente dos humanos...

Essa informação bagunçou ainda mais a cabeça de Tess.

Ela caminhou até Clark e o abraçou.

- Sinto muito pela Lois.



Clark a abraçou também e então começou a chorar. Ela queria dizer alguma coisa para fazê-lo se sentir melhor, mas o que? Tudo o que ele fazia era salvar vidas e era retribuído com mortes daqueles que amava.



- Chloe já sabe? - Tess perguntou após alguns minutos.



Ele assentiu devagar e uma lágrima sua pingou no rosto de Tess. Ela não se preocupou em enxugá-la.



- Ela e Oliver estão... Preparando as coisas... Você sabe...



Agora foi a vez de Tess assentir. Eles se afastaram e Clark sentou-se no sofá, apoiando a cabeça nas mãos, cobrindo os olhos em uma tentativa inútil de parar as lágrimas. Tess afagou seu cabelo.



- O que vamos fazer com Zod? - ela perguntou baixo, mais para si mesma.

- Eu cuido dele.



Tess sabia que por mais durão que Zod fosse, de certa forma ele era vulnerável à ela.



- Não! Deixe que eu cuido dele.



Clark olhou para ela quase que com um olhar de reprovação.



- Não faça nada de estúpido, Tess. Mesmo sem os poderes, você já viu do que ele é capaz.

- Até parece que você não me conhece e não sabe do que eu sou capaz!



[...]



Quando Zod chegou à mansão, a primeira coisa que fez foi procurar por Tess. Precisava ter certeza de que ela não sabia nem suspeitava de nada. Quando finalmente viu que ela não estava em casa, não soube dizer a si mesmo se era bom ou ruim. Provavelmente ela já soubera da morte de Lois. As notícias voam.

Zod olhou no espelho e viu o quão deplorável estava. Precisava de um banho com urgência. Todo aquele sangue estava lhe dando enjoo... Não que ele sentisse isso, mas ele não era muito fã da cor vermelha.

Assim que pisou no banheiro, ele se despiu e ligou o chuveiro. Um banho de banheira seria ótimo, mas não havia muito tempo... Ele tinha um exército para reunir.

Enquanto sentia a água quente relaxar seus músculos que nunca mais ficariam tensos novamente e sua pele totalmente impenetrável, ouviu alguns passos no quarto e então Tess entrou no banheiro.



- Onde esteve? - perguntou encostada na soleira da porta

- Por ai... Tentando salvar vidas.

- Fiquei sabendo o que houve com a Lois.

- Eu gostava dela - falou Zod enquanto tirava o xampu dos cabelos.

- É. Você quase sente muito, não é mesmo? Clark me disse que você estava no beco também e que levou um tiro.



Ela se aproximou e abriu a cortina que a separava de Zod. Seus olhos percorreram seu peito e abdômen procurando por alguma marca. Não havia nenhuma.



- Não tem marcas - sussurrou mais para si e tocou o lugar onde Clark dissera que ele fora atingido.

- Estranho, não é?



A voz dura de Zod encheu seus ouvidos e pareceu que algo havia se estilhaçado dentro dela.



- Talvez... - olhou nos olhos dele - talvez não.

- Não acreditaria se eu dissesse que foi um milagre de Deus, acreditaria?

- Você nem acredita em Deus, Zod.

- Você nunca vai acreditar em mim, não é Tess?

- Por acaso você já me deu algum motivo para eu fazer isso?



Zod sorriu e Tess se aproximou mais dele, a água do chuveiro agora caindo sobre os dois.



- Eu sei o que aconteceu com você - sussurrou.

...



Tess vigiava Zod todos os dias. Depois de uma semana, suas atitudes começaram a parecer suspeitas; Zod não voltava para casa, andava com os Kandorianos que o odiavam. Algo estava errado.



- O que aconteceu? – Clark perguntou ao entrar no escritório de Tess.

- Zod. Ele está amiguinho dos Kandorianos. Acho que finalmente conseguiu o que queria. Seu sangue deve ter dado poderes a ele.

- Imaginei que isso aconteceria. Esperava que não.

- O que vamos fazer?

- Precisamos de um plano. Vou falar com Chloe e Oliver.

- Me avisem quando decidirem o que fazer.



...



Tess estava sentada no sofá com uma taça de vinho na mão esquerda e uma arma do lado direito quando Zod entrou na sala.



- Por onde esteve?

- Por ai.

- Estava preocupada.

- Não estava. Conheço você, Tess.

- Certo, não estava.



Zod sorriu e se aproximou dela, beijando sua testa. Tess pegou a arma que estava ao seu lado e apontou para ele. Não ficou surpresa com o sorriso sarcástico dele, assim como ele não ficou surpreso por ela estar lhe apontando uma arma.



- Atire – disse sorrindo com os braços abertos.



Tess não hesitou. Assim que puxou o gatilho, tudo pareceu mais lento, e ela viu perfeitamente quando ele segurou a bala em sua mão.



- Eu sabia – sussurrou mais para si.

- Claro que sabia. Você sabia que eu não desistiria.

- A morte da Lois foi planejada, não foi?

- Não exatamente. Eu não queria que ela morresse. Eu até possuía algum tipo de... Afeto por ela.

- Não, você não tinha. Zod só gosta do Zod.

- É a melhor parte.

- Para você, talvez.

- E o que vai fazer agora? Contar ao Clark? Vá. Não a impedirei – disse deixando o caminho livre.

- O que você está tramando?

- Se eu contar perde a graça.

- Eu quero ajudar.



Zod ficou calado.



- Sabe por que eu abri aquele Orbe? Eu ainda tenho esperanças de que vocês possam salvar a humanidade dela mesma. Olha só, Zod. Olha o que as pessoas fazem com este planeta. Já estamos mortos. Todos nós. Se vocês não fizerem o que tem de ser feito, quem irá?

- Deixe-me ver se entendi; você quer que nós, Kandorianos salvemos a terra?

- Nós dois sabemos que se isso não acontecer, este planeta terá o mesmo fim de Krypton. Todos sabem Zod. Até mesmo Clark.

- Dê-me um bom motivo para acreditar que você não está fazendo isso pelo Clark.

- Zod – respirou fundo – Eu apoio a sua causa, certo? O real motivo de você estar fazendo isso, não o fato de você gostar que encham seu ego, e quero ajudar como for possível.

- Certo – Zod concordou, mesmo ainda duvidando de seus motivos para querer ajudá-lo.



...



Clark, Chloe e Oliver estavam na Torre de Vigia quando Tess chegou.



- Já se decidiram? – perguntou sentando no sofá.

- O Livro de Rao.

- Livro de quem?

- Livro de Rao. Jor-El disse que pode ser usado para mandar os Kryptonianos para outra dimensão. Um lar.

- Você quer mandá-los para outra dimensão. Ok. E Zod?

- Eu posso cuidar dele. Uma vez que todos estiverem longe da Terra, poderemos resolver nossos problemas.

- Certo. E onde está esse Livro de Rao?

- Seguro. Não se preocupe com isso.



...



Zod estava sentado na cadeira de Tess em seu escritório quando ela chegou.



- O que você descobriu? – perguntou Zod.

- Clark vai usar o Livro de Rao para mandá-los para outra dimensão.

- Droga. Tinha me esquecido disso.

- Não se preocupe. Eu tenho um plano. Mas... Para isso, você terá que deixar todos os kryptonianos irem com Clark. Tirando Clark do caminho, a Terra será sua. Você será o Deus.

- Sinto-me atraído. Fale.

- Clark tem um plano. Ele juntará todos vocês em algum lugar, ainda vou descobrir onde, para que possa transportá-los para a outra dimensão. Aqui – Tess tirou um anel com uma pedra azul do bolso – É Kryptonita Azul. Tira seus poderes temporariamente. Você vai usá-lo enquanto Clark executa o plano dele. Sem poderes, você se torna um mero mortal, o que fará com que você permaneça na Terra. Assim que eles partirem, você terá o planeta só para você.



...



- Tess – Clark chamou.



Eles estavam na fazenda, todos eles. Repassavam o plano pela terceira vez.



- Aquele anel não pode sair do dedo dele – Clark alertou. – Se sair vai tudo por água abaixo.

- O anel já está com ele, Clark, vai funcionar não se preocupe. – Tess olhou pela janela e voltou a olhar para Clark – Sabe que se conseguir se aliar aos outros terá mais chances, não sabe?

- E se eu não conseguir? Eles são fieis a Zod. Sempre foram. Eles o deixaram por rebeldia, mas nunca o trairiam para valer.

- Tudo bem. Eu tenho que ir, nos falamos mais tarde.



Ela saiu da Fazenda e entrou no carro, dirigindo para longe dali. Ela ajudaria Clark, mas até certo ponto. Sabia que todos queriam ter o prazer de acabar com Zod, mas nesse quesito, seu egoísmo falava mais alto. Ela o mataria.

Tess chegou ao prédio alto pouco tempo depois; entrou e foi direto para o subsolo. Já tinha um plano. Abriu a porta do laboratório. Emil estava a sua espera.



- Do que precisa? – foi direto ao ponto.

- Quero que faça isto – deu-lhe um pedaço de uma pedra. Kryptonita Azul – Ser comestível. E preciso que seja rápido.

- Se importa se eu lhe perguntar o motivo?

- Sim. Ao trabalho. Estarei aqui em duas horas.



...



- O que estamos comemorando? – perguntou Zod pegando a taça de champanhe que Tess lhe oferecera.

- Sua vitória – disse virando-se para colocar a garrafa na mesa.



Zod olhou para o liquido no copo e sorriu. Quando Tess virou-se para ele, seu copo já estava vazio. Ela poderia protestar pelo fato de ele sequer ter esperado que ela se juntasse a ele, mas ela não se importava. Virou o liquido de sua taça também e sentou-se na mesa.



- Amanhã a Terra pertencerá a você.

- Sim. E você irá governá-los ao meu lado – Ele se aproximou dela e tocou seu rosto. – Nunca pensei que confiaria em você... Ou que você confiaria em mim.

- Nem eu.

- Seremos reis deste Planeta, Lutessa. Você e eu.

- Mal posso esperar – disse sorrindo.



Tess só precisaria fingir orgulho por estar ao lado de Zod nisso por mais algumas horas, depois, ele não existiria mais. Emil conseguira transformar a Kryptonita em pó. Era exatamente o que Tess precisava; ela colocara o pó em seu champanhe, assim, mesmo depois que Zod tirasse o anel, ele continuaria humano, mortal. Seria fácil matá-lo. E ela mal podia esperar por esse momento. O momento em que ela o tiraria da vida de todos para sempre.

Na manhã seguinte, foi para a fazenda dos Kent. Sabia que de um jeito ou de outro, Zod a encontraria lá. Enquando estava sentada no sofá, pensava em Zod e Clark, eles provavelmente estariam resolvendo as coisas como duas crianças; brigando. Ficou surpresa quando o viu subir as escadas do celeiro.



- Olá Tess.

- Zod, o que...? Você não...

- Poupe seu tempo, querida.



Tess levantou do sofá enquanto ele se aproximava dela. Ele chegou perto o suficiente para sentir o cano a arma dela em seu abdomem. Claro que ela teria uma arma, sempre estava tomando medidas preventivas. Zod sorriu e tirou o anel de Kryptonita Azul do dedo. Tess sabia que isso não o tornaria imortal outra vez. Zod olhou nos olhos dela enquanto enfiava a faca em seu estômago. Tess caiu de joelhos à sua frente, ainda olhando em seus olhos e sorriu, enquanto puxava o gatilho da arma três vezes em direção ao peito do homem. Ele caiu de joelhos, os olhos ainda fixos nos dela. Silêncio. Tudo o que havia no celeiro. A ruiva caiu no chão enquanto tentava respirar. Enquanto isso, ele a olhava, um sorriso enorme em seu rosto. Levantou-se com a arma de Tess em mãos.



- Sabe, Lutessa, sinto-me envergonhado em lembrar que quase confiei em você. Quase. Eu devia saber que você tentaria algo assim, não é? Não posso acreditar que eu quase me apaixonei por você, isso é tão humano – disse franzindo o cenho e com uma expressão de nojo – Sei o que está se perguntando "o que houve com Clark e todos os outros?". Bom, Clark está preso em uma cela de Kryptonita. Logo estará morto. Seus amiguinhos... bom, por eles eu tive um pouco de misericórdia; não se preocupe, eles não sofreram. Você deve achar que sou burro. Lutessa... Meu planeta estava a anos luz a frente da Terra, querida. Somos muito mais inteligentes do que você imagina. Eu vi o que você colocou naquele champanhe, – Tess balbuciava algumas palavras, mas ele não fazia questão de tentar entendê-las – Quieta, estou falando! – Ele andou até a janela do celeiro e olhou para o céu – É uma pena o que está acontecendo neste lugar, eu tenho que concordar com você, mas não se preocupe, faremos da Terra um planeta melhor. Como Krypton.



Ele voltou a andar pelo celeiro, a barra do sobretudo preto arrastando pelo chão onde passava. Respirou fundo e parou ao lado de Tess, apontando a arma para sua cabeça.



- Humanos são tão... repugnantes, não acha? Só pensam em si mesmos. Enquanto isso não vêem o que acontece do outro lado da porta de suas casas. Guerras, mortes... Fico feliz em saber que logo eles não existirão mais. Isso é bom, não é?



Zod deu uma ultima olhada nos olhos da mulher caida no chão, ela mal conseguia respirar. Por que prolongar mais o sofrimento dela?



- Estou me sentindo generoso hoje, Tess!



Deu-lhe um ultimo sorriso e puxou o gatilho três, quatro... Cinco vezes. E ela estava morta. Zod olhou a arma com desdém, pensando em como os humanos criavam seus brinquedinhos para o ataque, mas sem pensar que elas poderiam ser usadas contra eles. Jogou a arma no chão, deixando o celeiro e o corpo morto de Tess para trás. Estava na hora de ter seu lar de volta.


[ONESHOT SMALLVILLE] I Don't Love You







"Tudo o que ele queria era governar a Terra, isso seria pedir muito?"


Classificação: 16+
Categorias: Smallville
Personagens: Tess Mercer, General Zod, Lois Lane, Chloe Sullivan, Clark Kent, Oliver Queen
Gêneros: Death Fic
Avisos: Violência


[LOVE THE WAY YOU LIE] Capítulo Único


Capítulo Único






“Droga, Shannon só se mete em confusão.”

Boone pensou enquanto lia a mensagem desesperada da irmã.


“Boone, preciso de ajuda, Sawyer está me ameaçando de morte, e se eu ligar para a policia ele me mata.”

Qual o problema dela? Por que sempre se mete com... Bandidos?


Boone não se conformava. Como ela conseguia ser ta ingênua a ponto de deixar isso acontecer novamente? Primeiro Jack, Depois Higor, Sayid, Jin, uma lista infinita. E agora esse tal de Sawyer? Quanto Boone teria de pagar dessa vez para que deixassem Shannon em paz?


Imediatamente ele saiu de casa, rumo à casa de Shannon, onde ela provavelmente estaria com Sawyer. Não demorou até que chegasse. Da rua era possível ouvir gritos. Não pensou duas vezes antes de entrar.


– Shannon. – Boone olhou em volta. – O que ta acontecendo aqui? – perguntou vendo a irmã chorar.

– N-nada. – Shannon gaguejou ao ver Sawyer encará-la.

– O que você quer cara? – Sawyer perguntou tranquilamente.

– O que você fez com a minha irmã? – Boone olhava fixamente para Shannon.



Shannon inclinou a cabeça para a direita, deixando o cabelo cair de lado, revelando uma marca roxa próximo aos olhos. Ela pediu, em gesto, para ele não fazer nada ali dentro, Sawyer estava armado.



– Arrume suas coisas. De noite eu venho te buscar e nós vamos embora.

– Mas Boone... Eu não posso. – os olhos dela estavam cheios de lagrimas.

– Voltarei de noite. Se apresse. – Boone já estava irritado com tudo aquilo. Ele saiu da casa, deixando Shannon para trás.



Shannon se sentou no sofá sorrindo.



– Às vezes me da dó dele. Ele não merece isso. A culpa é da mãe dele.

– Merece sim. É família, farinha do mesmo saco.

– Boone? Nunca.

– Olha, você pode sentir culpa depois. Agora temos que acabar com esse plano logo. Quero a minha parte.

– Tudo bem. Sabe o que tem que fazer.


Sawyer saiu da casa e foi rumo ao píer, onde costumava pescar.






“Boone, Sawyer foi para o píer, pede pra ele me deixar em paz, por favor.”



Qual o problema dessa garota? – Boone pensava enquanto fazia o retorno para ir ao píer.

Quando chegou, viu Sawyer perto de um barco.



– Escuta cara, quero você longe da minha irmã. – sua voz era fria e dura.

– Eu a amo.

– Não ama. Você a machuca. – Boone olhou brevemente o mar azul e em seguida voltou o olhar para o homem alto e loiro a sua frente. – Quanto você quer para deixá-la em paz?

– Não quero dinheiro.

– 25 mil?

– Já disse que a amo.

– 60 mil!


Sawyer respirou fundo, para segurar o riso.

– Tudo bem.


Boone tirou um talão de cheques do bolso do paletó, preenchendo uma folha e em seguida entregando a mesma ao homem a sua frente.



– Tem até o por do sol para se mandar.


Não esperou resposta, saiu do lugar rapidamente, voltando para o carro.



Já passava das seis da tarde quando Boone voltou à casa de Shannon. Quando entrou, ficou mais enfurecido. Sawyer estava lá... Ainda.


– O que ainda está fazendo aqui?

– Como você é ingênuo, não?! – Sawyer sorria vitorioso.

– Do que você esta falando? – Boone estava confuso.

– Essa vadia só quer tirar dinheiro de você, foi tudo um plano, esse tempo todo ela te enganou. Mentiu pra você.


Shannon olhava para Sawyer incrédula.

– Por que acha que os “namorados” – fez aspas com os dedos – dela só a deixavam depois que você pagava?



Boone lutava contra as lagrimas, não queria acreditar no que estava ouvindo. Ouvir que sua ‘irmã’ pela qual era apaixonado fizera isso com ele todo esse tempo. Ele não podia mais ficar naquele lugar com todas as mentiras de Shannon. Ele apenas se virou e saiu da casa o mais rápido possível, sem ao menos olhá-la. Ele se sentia perdido. Caminhou até seu carro e entrou no mesmo, mas ficou um bom tempo vagando pelas lembranças, até lembrar que tinha que ir embora dali.



“como eu pude ser tão idiota e cego a ponto de não perceber isso?” – pensou enquanto guardava o carro na garagem do prédio.


Ele não queria pensar nisso, mas era inevitável. Ele fora enganado por anos.

Entrou no apartamento, indo direto para o quarto e jogando chaves, carteira e celular em cima da grande cama de casal.
Alguém tocou a campainha e ele foi atender, no mesmo momento, se arrependeu. Shannon entrou no apartamento.



– O que você quer aqui? Já dei 60 mil pro seu amiguinho, namorado, cúmplice, sei lá do que você quer que eu o chame.

– Agora eu sei por que você sempre os pagava para sair da cidade.

– Eu queria te proteger. Eu achava que eles realmente te machucavam...

– Você não queria nenhum homem perto de mim.

– ...Mas não era de verdade, era só pelo dinheiro. Porque minha mãe ficou com o dinheiro do seu pai.

– Você não os deixava ficar porque está apaixonado por mim.

– O que?

– Você não queria nenhum deles perto de mim porque sempre me amou. – Shannon se aproximou de Boone lentamente, ele não se moveu apenas a olhou.

– Você é louca.



Shannon levou suas mãos à nuca de Boone, fazendo-o se arrepiar. Embora ela tivesse feito coisas das quais nunca se orgulharia com ele, ela o amava. O dinheiro agora não importava, o que realmente importava, era o fato de estar com ele, nos braços dele e o que ela realmente sentia por ele, que ia muito além de afeto familiar.

O beijo deles se aprofundou mais, nem Boone agora se importava com o que ela havia feito durante todos esses anos, não importava realmente. As mentiras, segredos, nada mais importava para ele. Apenas o que ele sentia por ela, o fato de estar com ela, de tê-la, ali, naquele momento. Nada poderia acabar com aquilo.

Boone sabia dos seus sentimentos por Shannon, sabia que mesmo com todas as mentiras, ele a amava. E que nada mudaria isso tão cedo.


FIM

[SYMPATHY FOR THE DEVIL] Capítulo Dez


Capítulo Dez



Uma hora e meia antes.

POV Elena.


Stefan me levou para fora da mansão, onde Damon não nos ouviria.

– Tenho um plano – falou pegando o celular do bolso. – Mas vamos precisar da ajuda de Katherine.

– O quê? Por quê?

– Você quer morrer? Acho que não.

– Por quê você acha que ela vai nos ajudar?

– Ela me deve uma. Está na hora de cobrar.


[…]


– Espero que seja importante mesmo – Katherine chegou já se colocando entre mim e Stefan – Eu estava ocupada.

O plano de Stefan era fazer com que ela se passasse por mim para que Stefan pudesse “matá-la” na frente de Damon. Katherine enrolou bastante antes de aceitar reclamando.

– O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando?

– É ao contrário – Stefan a corrigiu.

– Não no meu caso.

– Elena, preciso que fique aqui fora. Ele precisa acreditar que ela é você.

– Não acredito que vou ter que usar chapinha de novo – Katherine bufou.

– Katherine – Stefan a chamou – Vou precisar usar verbena em você.

– O quê? Stefan!

– Ele precisa acreditar que você está machucada.

– Será que eu sou tão ruim a ponto de merecer isso? – Resmungou de braços abertos olhando para cima.


POV Stefan

Trinta minutos antes.


Katherine estava sentada na cadeira reclamando enquanto eu preparava a verbena.

– Você vai injetar isso em mim?

– Preciso de você calada, de preferência.

– Fala sério! – Fechou os olhos e jogou a cabeça para trás.

Peguei a seringa com verbena e apliquei em seu pescoço, em seguida a amordacei comum pano mergulhado em verbena.

Doía-me ter que fazer isso com Katherine. Ela havia melhorado muito depois que finalmente, após 500 anos, conheceu sua filha, Nadia. Ela não parecia a mesma vadia psicótica que eu conheci em 1864. Ela já estava inconsciente por conta da verbena que injetei nela quando a amordacei, então ela não sentiu nada.

Então, me joguei no sofá e esperei a hora do show.


_____________

POV Elena.


Do lado de fora da casa eu podia ouvir tudo o que diziam. Damon chorava como se fosse criança. Pela janela, vi ele abaixado ao lado do corpo de Katherine. Alguns segundos depois, ele levantou, com raiva nos olhos e avançou em Stefan, dando socos e chutes no irmão.

– Por que fez isso? Por que a matou? Não precisava fazer isso – gritou segurando o pescoço de Stefan.

– Elena está bem – Stefan se esforçou para conseguir falar.

Damon o soltou e o empurrou para o corpo no chão.

– Ela parece bem para você?

Damon o chutou de novo. Stefan olhou para a janela e assim que me viu fez sinal para que eu entrasse. Abri a porta com pressa e gritei por Damon. Assim que me viu, seu olhar, sua expressão, tudo mudou. Ele correu em minha direção e me abraçou. Um abraço desesperado, alegre, aliviado. Havia alegria por eu estar viva até mesmo no seu gesto. Eu estava feliz por estar viva para ele.

– Elena. Meu amor – ele segurou meu rosto com as duas mão e beijou meus lábios com carinho e um pouco de cuidado. – Pensei que…

– Shh – coloquei um dedo em seus lábios sem vontade de ouvir o que ele ia falar e me limitei a dizer que nunca o deixaria e o abracei de novo.

Stefan pegou o corpo de Katherine e o colocou no sofá, em seguida tirou o pano com verbena que estava em sua boca.

– Por favor, me diz que isso funcionou porque eu não quero fazer do novo – Katherine falou assim que abriu os olhos.

Stefan segurou suas mãos e sorriu. Damon e eu nos aproximamos do sofá. Katherine nos olhou e deu um leve sorriso.

– Que bom que deu certo.

– Desculpa por fazer você passar por isso – falei mais como um modo de agradecimento.

– Não foi um dos meus melhores dias… Mas até que estou feliz por ter ajudado

uma semana depois

Estava sentada na cama de Damon quando ele adentrou o quarto com duas xícaras na mão e me deu uma. Chá de frutas.

– Como sabe que eu gosto disso? – perguntei pegando a xícara.

– Te observei por um bom tempo antes de te conhecer… Oficialmente.

– Suspeitei quando percebi que você sabia muito sobre mim – dei um gole no chá.

– O que vamos fazer agora que Stefan e eu estamos bem… em todos os sentidos?

– Isso importa? Temos bastante tempo para fazermos qualquer coisa.

– Você está certa.

Silêncio. Damon parecia um pouco envergonhado do que havia feito. Não que me importasse com isso. O mais importante era que ele estava comigo… Mas por quanto tempo eu estaria com ele?

– Mas eu quero te pedir uma coisa – digo depois de um bom tempo em silêncio.

– O que quiser.

– Quero que você me transforme.

Ele me olhou e arqueou as sobrancelhas, não acreditando no que eu acabara de pedir. Pelo simples fato de que até duas semanas atrás, eu nunca quisera me transformar em vampira. Por motivo nenhum. Mas o medo de ter que deixar Damon algum dia me assustou tanto que não consigo mais me imaginar distante dele.

– Quero ficar aqui com você todo o tempo possível, Damon. Quero que minha alma seja sua.

– E quanto ao “crescer e formar uma família”?

– Isso não importa mais porque eu não quero viver com nenhuma outra pessoa.

– Tem certeza disso?

– Nunca estive mais certa de algo em minha vida.


POV Stefan


Katherine e eu estávamos conversando sobre o que eu a fiz passar para salvar Damon. Ela não parecia arrependida ou coisa parecida.

– Sabe que até agora não acredito que aceitou “morrer” para que eu salvasse meu irmão?

– Porque eu costumava ser uma vadia psicótica que não pensava em ninguém e nem ajudava ninguém. Já ouvi isso antes.

– Mais ou menos.

Katherine sorriu e se levantou para nos servir uma dose de uísque.

– Pessoas mudam, Stefan.

– Encontrar sua filha foi a melhor coisa que te aconteceu.

– Foi, sim – disse me entregando um copo e sentando-se ao meu lado novamente. – Meu maior erro foi ter deixado que meu pai a levasse para longe de mim.

– Não pense nisso. Pense que agora você pode começar uma vida com ela

– De qualquer modo, ainda tem uma coisa que nunca poderei ter – diz com um sorriso triste.

– E o que é?

Ela se aproximou de mim, o rosto perto do meu, olhando em meus olhos e então me beijou. Claro que eu não esperava por isso, mas acabei retribuindo o beijo enquanto meu copo caia no chão e eu pegava em sua cintura, a colocando em meu colo. Seu copo também caiu no chão e então eu percebi que não estava sendo racional. Mas quem é que liga para isso?

Quando nos afastamos, ela acariciou meu rosto e sussurrou em meu ouvido:

– Você. Seu amor. É isso o que nunca poderei ter.

Sorri e tirei alguns fios de cabelo que caiam em sua testa.

– Você me fez ciosas horríveis. Me enganou, mentiu para mim, desapareceu durante 145 anos… Mas apesar de tudo isso, eu nunca deixei de pensar em você. No que o tempo fez a você e em tudo o que você passou. Talvez não tenha sido sua culpa e, pelo que você fez aqui, por Damon… por mim, sinto que devo perdoá-la.

Seus olhos brilhavam diante de minhas palavras. Um lindo sorriso se abriu em seus lábios. Um sorriso sincero. Ela me abraçou com força e me beijou novamente. Talvez nós possamos recomeçar… Tentar de novo.


POV Elena


Damon ainda estava um pouco incrédulo diante do que eu havia pedido a ele mas ele não parecia desaprovar. Claro que ele queria ficar comigo para sempre. Mas ele estava preocupado com o que Caroline, Matt, Bonnie, Stefan, Jeremy e Alaric pensariam disso. Eu também estava mas a decisão tinha de ser tomada única e exclusivamente por mim.

– Olha Elena… Eu não vou fazer isso sem que seus amigos saibam, certo? Depois que contarmos a eles, eu farei, eles aceitando ou não. Pode ser?

– Tudo bem. Então vamos ligar para eles e pedir para que venham aqui. Eu não queria perder tempo com isso. Já sei a reação de todos. Mas se é o que quer… faremos isso.


[…]


Assim que todos chegaram na casa, mal esperei se sentarem ou falarem qualquer coisa, já comecei a falar.

– Tomei uma decisão. Eu sei qual a posição de vocês em relação a isso, mas eu não me importo, é o que eu quero. Não se oponham – Damon apertou levemente meu braço e então percebi que estava quase gritando. – Desculpem.

– Qual é essa decisão? Porque para você nos chamar aqui, ela deve ser pior do que você ter escolhido Damon – disse Caroline.

– Muito engraçado, Barbie – Damon disse e ela sorriu com deboche.

– Quero que Damon me transforme.

Todos ficaram em silêncio por pelo menos uns dois minutos. Incrédulos. Caroline foi a primeira a protestar. Como sempre.

– Não. De jeito nenhum – se levantou. – Você não pode fazer isso – agora ela se dirigia a Damon.

– É a decisão dela. Não minha. E antes que me joguem em um poço de verbena, vou logo dizendo que ela nem queria avisar a vocês que queria mudar de status.

– Elena! – ela se virou para mim.

– Minha decisão, Caroline.

– E quanto ao Jeremy? – Bonnie perguntou

– Vou poder protegê-lo de qualquer coisa, Bonnie. Ele estará seguro. Sempre.

– Tem certeza de que é isso o que quer? – Ric perguntou calmamente.

– Sim!

– E se você se arrepender? – Matt ainda parecia chocado.

– Não vou!

– Por que está fazendo isso? Se é que tem algum motivo… - Disse Stefan. Apesar do tom, ele não parecia julgar nem a mim e nem a Damon.

– Tem sim um motivo, mas isso não importa. É o que eu quero.

– Se você tem certeza disso, nós não podemos fazer nada – Ric falou olhando para mim. Ele sabia que Damon era o motivo de eu querer me transformar.

– Podemos fazer isso agora? – perguntei a Damon.

– Na frente de todo mundo?

– Agora!

Peguei a faca que Stefan deu para Damon usá-la em Katherine quando ela se passava por mim que estava ainda na mesa, depois de uma semana e me aproximei dele, pegando seu pulso e fazendo um corte médio. Todos na sala estavam olhando a cena. Ninguém falou nada. Nenhum som. Olhei para Damon. Ele estava bastante sério, mas não a ponto de me fazer recuar. Nada faria eu mudar de ideia. Coloquei seu pulso contra meus lábios e os abri, já sentindo o liquido quente em minha língua. Depois de um minuto, mais ou menos, Damon retirou o pulso de minha boca. Aproximei-me dele e o beijei rapidamente antes de ele segurar minha cabeça com as duas mãos.

– Eu te amo.

– Eu te amo – repetiu antes de matar a velha Elena.


POV Damon


Segurei o corpo de Elena antes que ele caísse no chão e o coloquei no sofá. Todos me olhavam. Ric compreendia, Caroline me julgava, Matt estava chocado, Bonnie estava sem reação e Stefan e Katherine estavam ao meu lado. Quis perguntar por que diabos Katherine e Stefan estavam de mãos dadas mas a resposta estava na minha cara. Fiquei feliz por ele... E por ela.

– Bruxinha – virei na direção de Bonnie e ela apenas me olhou sem dizer nada. – Elena vai querer sair no sol.

– Eu posso arrumar um anel – diz Caroline caminhando até a porta – Já volto.

Todos permaneceram em silêncio até Caroline voltar. Quando entrou em casa, ela jogou o anel com uma pedra de Lápis-lazúli, a mesma que tem nos nossos anéis e na pulseira de Katherine. Bonnie terminou o feitiço no momento em que Elena acordou. Corri até ela e a abracei. Ela sorriu.

– Quaterback.

Matt virou em minha direção e fiz um sinal com a cabeça para ele se aproximar. Ele assim fez e estendeu seu pulso para Elena. Ela olhou para mim e eu assenti para que ela continuasse. Pouco tempo depois ela o soltou e sorriu. Sua transição estava completa. Elena era uma vampira.


POV Elena


Depois de uma semana como vampira ja tinha percebido que eu estava em um mundo novo e completamente diferente. Nunca me senti tão bem na minha vida. Com certeza essa fora a melhor decisão que já tomei. Eu teria uma vida perfeita ao Lado de Damon e viveríamos de igual para igual. Sem fraqueza, sem vulnerabilidade, sem perigo nem riscos e sem dor.

Estávamos todos reunidos na sala, Damon, eu, Stefan, Katherine, Matt, Bonnie, Alaric, Caroline, Jeremy e até Nadia.

– Quero te mostrar uma coisa – Damon sussurrou em meu ouvido e levantou, me puxando pela mão, me levando para fora.

Em poucos minutos, chegamos na ponte Wickery.

– Por que estamos aqui?

– Olhe – disse apontando para o céu.

O sol estava nascendo entre as árvores. O céu estava de um rosa misturado com roxo e alaranjado. Quando o Sol ficou acima das árvores, a água marrom do lago ficou alaranjada com alguns tons de rosa.

– Me prometa que vamos fazer mais isso – sussurrei admirando a água.

– Temos a eternidade para isso.

– Sim, temos a eternidade.

– Eu te amo, Elena.

– Eu te amo, Damon.

Nos abraçamos e ficamos ali, observando ora o Sol, ora a água. Ah, sim, eu poderia ficar ali com ele para sempre. Ficarei com ele para sempre.






[SYMPATHY FOR THE DEVIL] Capítulo Nove


Capítulo Nove




POV Damon

Quando "voltei a vida", eu estava preso no porão da minha própria casa. Pior; eu estava preso numa cadeira estranha... não conseguia me mexer um centímetro sequer. Stefan me paga por isso. Eu vou matá-lo.
A porta do porão se abriu e Stefan me encarou sorrindo.

– Você está pessimo. E foram só doze horas sem drenar ninguém... o que alguns meses... talvez anos podem fazer?

Ele entrou no porão e vi Elena atras dele. Em seu pescoço, havia um curativo. Eu queria - juro que queria - sentir culpa. Mas eu não conseguia. Sem culpa, sem arrependimento, nada!

Stefan colocou as mãos nos braços da cadeira e olhou em meus olhos. De repente, eu senti uma sede incontrolável. Tudo em que eu pensava era sangue. Ele estava na minha cabeça. Era como se eu estivesse há meses sem me alimentar. Minha garganta queimava, meu estômago estava se revirando. Eu tentava gritar mas não conseguia ouvir minha voz.


POV Elena


Damon gritava desesperadamente e aquilo me agonizava.

– O que está acontecendo?
– Ele está alucinando. Dois meses sem uma gota de sangue... três.
– Elena. Elena por favor - Damon falou ofegante - me tira daqui.

Dei um passo a frente mas Stefan bloqueou o caminho.

– Não dê ouvidos a ele. Não é o Damon falando.

Olhei para Damon de novo. Ele me encarava com raiva.

– Eu vou sair daqui - gritou - e eu vou matar você. Eu não amo você - falou num rugido.

Não sei se deveriam, mas aquelas palavras me dilaceraram.
Damon gritou de dor. Stefan estava novamente em frente a ele olhando em seus olhos.
Damon começou a suar e sua respiração ficou mais ofegante. Ele tentava se mexer mas era impossível.

– Já são dois anos sem sangue. Mesmo definhando ele resiste.

Stefan deu um soco em Damon e o soltou da cadeira. Damon não se mexeu. Ele estava muito fraco.

– Hora do plano B - Stefan me puxou pelo braço para fora do porão e apenas encostou a pesada porta.
– O que está fazendo?
– Você morreria por ele?


POV Damon


Eu mal conseguia me mexer quando Stefan me soltou da cadeira. Não sei exatamente quanto tempo fiquei ali, fraco. Uma hora, talvez mais.
Levantei e para minha surpresa a porta estava apenas encostada. A abri e olhei em volta. Ninguém. Subi as escadas devagar e quando estava chegando perto da sala senti cheiro de sangue. Quando virei no corredor, vi Elena amordaçada numa cadeira. Ela estava ferida e com a cabeça baixa.

– Finalmente. Achei que não tentaria sair - Stefan falou com uma faca na mão.
– O que fez com ela?
– Ah, não que você se importe, afinal, você mesmo disse que não a ama e que a mataria quando saísse do porão... pegue - estendeu a faca para mim - se você não se importa com ela e não a ama, não terá problemas para provar, não é?
– O quê há de errado com você? Qual o seu problema?
– Pegue - colocou a faca na minha mão.

Ele estava louco. Segurei a faca e me aproximei dele. Em seguida a enfiei em seu abdômen.
Ele sorriu e a retirou com facilidade, jogando-a longe. Stefan se levantou, parou atras de Elena e com um único movimento, pegou seu pescoço e o quebrou.
Ele a matou. Stefan matou Elena.

Ela caiu no chão e eu caí ao seu lado. Um turbilhão de emoções me acertou em cheio. Tudo o que eu fiz. Meu Deus! Eu sou um monstro.



– Você é meu irmão... eu fiz isso por você, Damon.
– Você a matou!

[SYMPATHY FOR THE DEVIL] Capítulo Oito


Capitulo Oito




POV Damon

Ouvi Elena falar com Stefan pelo telefone e minha vontade de arrancar a cabeça dela fora só aumentou. Que merda ela estava fazendo? Pensa que vai me ajudar mas não vai. Como Stefan me ajudaria sendo dez vezes pior que eu? Ela só pode estar brincando comigo.

– Elena! - Gritei do meu quarto mas quando ela respondeu eu ja estava na sala. - Por que disse a Stefan que eu nao estou bem? Eu estou perfeitamente bem. Nunca estive melhor.
– Você está se ouvindo? Você está fora de si.
– Eu estou bem. Pare de tentar me controlar, senão...
– Senão o quê? - Me interrompeu aumentando a voz.

Ela não estava com medo! Ela me conhecia perfeitamente bem para saber quando eu mentia para mim mesmo.


POV Stefan


Quando cheguei em casa, Damon e Elena estavam parados no pé da escada se encarando. Nenhum deles se moveu quando eu abri a porta.

– Má hora? - Perguntei fechando a porta atrás de mim.

Elena finalmente saiu do "transe" e correu até mim, me abraçando. Damon não moveu um músculo.

– Como você está? - Perguntou se afastando.
– Sob controle.

Ela me lançou um olhar de censura. Como se não fosse isso que ela quisesse saber. Damon, sem se virar nem dizer nada, subiu as escadas.

– Que clima! - Me joguei no sofá.
– Nós discutimos. Ele diz que está sob controle mas eu sei que nao está. Ele não fica de noite em casa. Eu sei o que ele vai fazer de madrugada. Ja desapareceram mais de 30 pessoas nas cidades vizinhas nas últimas três semanas. Stefan, por favor... faça alguma coisa.
– Foi para isso que eu vim, nao foi? Sei que ele precisa de ajuda e, embora ele nunca tenha ficado assim antes, sei o que fazer.

Peguei meu celular, digitando rapidamente uma mensagem e joguei o celular para ela.
"Precisamos prendê-lo."

Ela não questionou, apenas assentiu e jogou o celular de volta.
Peguei uma seringa de verbena que estava no bolso da minha jaqueta e estendi para ela.

– Use isto - sussurrei.

Ela andou até mim devagar e, relutante, pegou a seringa. Em seguida subiu as escadas.


POV Elena


Dei uma última olhada ba seringa cheia de verbena e a enfiei no bolso da jaqueta antes de entrar no quarto de Damon.

– O que você quer agora? - Perguntou de costas para mim, olhando para a janela.
– O seu bem. É tudo o que eu quero agora.

Ele riu, seco, e se virou para mim.

– Quando você vai entender que...
– Você está em negação - o interrompi - e não diga que estou errada iu que nao posso fazer nada por você. Ja presenciei muita coisa ruim no seu mundo... pessoas morrendo por nada. Não quero que você seja o próximo. O Damon que conheço sabe que estou certa... e eu sei que ele ainda está ai. Damon, por favor - segurei seu rosto - faça isso. Por mim. Eu te amo.

Damon me abraçou. Seu rosto estava na curva de meu pescoço. Senti seus lábios roçando minha pele e todo meu corpo se arrepiou.
Então o que eu menos esperava aconteceu. Tudo o que senti foram seus caninos perfurando minha pele. Tentar me desvincilhar estava fora de questão. Tentei pegar a seringa, mas meus braços estavam imobilizados. Gritei por Stefan.
Em poucos segundos, Stefan estava no quarto e o que lhe restava fazer era quebrar o pescoço de Damon.
Nós dois caimos no chão. Damon temporariamente morto e eu quase permanentemente morta.


[...]


– Ei - Stefan sentou ao meu lado e me deu uma caneca com chá. - Como você está?
– Bem. Essa não foi a primeira vez que ele fez isso... só foi a primeira vez que ele nao conseguiu parar por conta própria.

Stefan estava perplexo, mas preferiu não fazer perguntas. Ótimo.



– Ele está preso.
– O que pretende fazer com ele?
– Vou tentar algo que Lexi fez comigo. Só espero que dê certo.

[SYMPATHY FOR THE DEVIL] Capítulo Sete


Capítulo Sete




POV Elena

Duas semanas depois.

Damon está mais estranho a cada dia que passa. Sem controle. Ele não fica mais em casa, e quando fica se mantém o mais distante possível de mim. Não sei mais o que fazer. Não quero prendê-lo, embora nesse momento essa seja a melhor coisa a se fazer. Para ajudar, não tenho noticias de Stefan hà duas semanas. Minha vida está uma bagunça. Tudo está uma bagunça. Que merda.

Até pensei em pedir ajuda para Caroline, mas ela tem um ódio infinito de Damon. Nem se eu implorasse ela faria isso por ele. E eu não a culpo. Damon realmente fez coisas horríveis com ela.

Ele passou as ultimas duas semanas me mandando ir para casa. Mas eu não ficaria bem sabendo que qualquer coisa poderia acontecer com ele.

Hoje tem um baile na escola e Caroline quer que eu vá. Damon também. Uma ou duas vezes eu tive a impressão de estar sufocando-o. Por ele estar passando por tudo isso. Talvez ele queira se livrar de mim.

Caroline me ligou de manhã para falar que vai trazer meu vestido de tarde. Isso significa que não tenho outra escolha alem de ir a essa baile estúpido!

_

– Vamos Elena. Vamos nos atrasar. Sabe que eu odeio chegar atrasada nos bailes.

– Só um minuto.

Cada palavra de Caroline me fazia querer desistir de ir a esse baile estúpido. Eu queria ficar com Damon. Tentar ajudá-lo mesmo sabendo que minha ajuda é inútil para ele.

– Já deu um minuto Elena. Vamos.


[...]


Às vezes passa em minha cabeça que Caroline só está fazendo tudo isso para me manter longe de Damon. Ou pode ser até a pedido dele. Mas por quê? Ele sabe que não vai me machucar.

– Resolveu aparecer? – Matt disse me abraçando.

– Não tive escolha. Caroline me arrastou até aqui.

– Ela só está sendo ela.

– Não acredito muito nisso.

– Ela só quer te proteger de tudo o que você está passando.

– De Damon, você quer dizer. Não tente me enganar Matt, eu sei o que ela está fazendo.

– Ela está fazendo o melhor para você.

– Para mim. Sei.

Olhei em volta. O ginásio estava bem cheio. Tinha até gente que não era da escola. Perfeito. Poderia arrumar um jeito de sair sem Caroline perceber.

– Já volto. Preciso de uma bebida.

Matt assentiu e eu me distanciei. Olhei para trás algumas vezes antes de mudar o caminho e sair do ginásio.

Não sabia exatamente para onde ir. Na verdade, mal sabia o que eu estava fazendo.


[...]


Entrei no cemitério e preferi ter ido para casa. Estranho. Antes eu não tinha tanto medo de entrar no cemitério sozinha e agora, só de chegar à porta já me causa arrepios.

Fui até o canto onde estava quase toda a Família Gilbert. Minha mãe, meu pai, Jenna... John. Eu só tinha Jeremy e Alaric.

Sentei no chão de frente para as lápides. Observá-las era um tanto doloroso.


[...]


Acabei dormindo no chão. Acordei com barulho de passos e galhos se quebrando. Tinha neblina em volta de mim e um corvo em cima de uma das lapides. Isso não me parecia estranho... Damon. Ele estava no cemitério.

– Damon – gritei e levantei. – Damon eu sei que está aqui.

O Corvo sumiu.

– Damon? – chamei novamente.

Que besteira minha. O que Damon ia fazer no cemitério? Me virei e levei um susto; Damon estava atrás de mim.

– Me chamou?

– O que você está fazendo aqui? – perguntei.

– Estava passando.

Um carro passou na rua e a luz dos faróis iluminou Damon por um instante. Levei um choque. Ele estava todo sujo de sangue.

– O que você estava fazendo?

– Nada demais.

– Damon!

– O que foi Elena? – ele falou alto, quase gritou.

– Vamos embora Damon.

– Embora? Por quê? Aconteceu alguma coisa?

– Me diz você. Você está fora de controle Damon. Sabe o que você está virando? Um Stefan! É isso o que você quer? Ser igual a ele?

Em poucos milésimos ele estava a milímetros de mim, podia sentir sua respiração em meu rosto e o cheiro de sangue. Ele estava em um estado deplorável. Não era o Damon que eu conheci, nem de longe.

– Por quê? Isso te incomoda? Dias atrás você queria que eu fosse como ele.

– Não Damon. Eu nunca quis que você fosse como ele.

Seu corpo estava mais próximo do meu, sua cabeça se curvava lentamente na direção de meu pescoço. E então flashes do dia em que Stefan tentou me atacar vieram à minha mente... Toda aquela cena, os pedaços do corpo daquela mulher... Os corpos montados no sofá. E então a imagem de Damon me atacando. Mas não foi como realmente aconteceu. Eu estava morta em seus braços e no canto de seus lábios, surgia um sorriso. E eu voltei à realidade.

– Confia tanto em mim para desistir da Verbena? Como você é corajosa.

– O que você fez?

– Te mostrei a realidade. O que eu sou... O que pode acontecer se você insistir em consertar algo que sabe que não tem conserto.

– Você está me ameaçando?

– Interprete como quiser. Bom... Preciso de uma bebida. Te vejo em casa?

Antes que eu pensasse em uma resposta ele já tinha sumido.

Sai do cemitério e voltei para a casa andando. Como ele pôde? Meu Deus. Damon estava definitivamente fora de si.

Entrei na casa e fui direto para o quarto. Procurei por meu celular e assim que o achei liguei para Stefan.

– O que foi?

– Stefan... Eu preciso de ajuda.

– O que aconteceu agora?

– Damon está fora de controle.

– O que espera que eu faça?

– Stefan, por favor, ele precisa da sua ajuda.

– Minha ajuda?

– Não acho que ele vá ouvir outra pessoa a não ser você, Stefan.

– Você fica semanas sem falar comigo e me liga para eu ir salvar Damon do seu lado escuro?

– Estou pedindo isso por ele. Porque ele é seu irmão e você o ama.

O ouvi suspirar.

– Tudo bem, Elena.

[SYMPATHY FOR THE DEVIL] Capítulo Seis



Capítulo Seis


POV Elena

Acordei e vi Damon sentado no chão ao lado da cama. Ele levantou o rosto e seus olhos encontraram os meus.

– Hey. Como está?

– Com muita dor de cabeça.

Levei uma mão ao pescoço e senti os dois furos em minha pele. Olhei para Damon e ele abaixou a cabeça.

– O que aconteceu com você, Damon?

– Eu perdi o controle. Me desculpe Elena, não foi minha intenção.

– Eu sei que não.

– Lexi ligou... Stefan não está colaborando.

– Vamos falar de você. Se quiser.

– O que quer que eu diga? Eu perdi o controle.

Sentei na cama e o encarei.

– É isso o que você quer, Damon? Ser um Stefan?

– Não começa Elena.

– Não. Não começa você.

Seu rosto mudou. Seus olhos estavam vermelhos. Quando percebi, eu estava deitada na cama e Damon estava em cima de mim, com uma das mãos em meu pescoço.

– Vá em frente, faça o que quer fazer - o desafiei.

– Elena, você não entende.

– O que eu não entendo? Que você é um vampiro? Eu sei disso.

Ele me soltou e sentou ao meu lado.

– Mas você não pode sair por ai matando todo mundo.

Subi a manga de minha blusa, deixando o punho a mostra e o aproximei de seus lábios. Ele me olhou confuso.

– Você precisa se controlar.

– Elena, para. Isso não vai funcionar.

– Vai sim. Funcionou com o Stef... - parei de falar quando ele me olhou feio.

– Você quer que eu fique. Você quer fazer comigo tudo o que fazia com ele. Você quer me transformar em um Stefan porque acha que ele não vai voltar, não é?

– Não Damon. Eu...

– Eu não sou o Stefan, Elena. Dessa vez eu não posso ser o que você quer que eu seja.

Damon levantou da cama e saiu pela janela. Legal. Parabéns Elena.

Ouvi um barulho na sala e desci.

– Por que vocês brigam tanto, hein? - perguntou Rose parando à minha frente.

– O que você está fazendo aqui?

– Estava passando, só. Como você está?

– Nada bem!

Rose me abraçou.

– Quer conversar?

– Como se você já não soubesse de tudo o que está acontecendo.

Sentei no sofá e ela sentou do meu lado.

– Sei que o Damon tá pirado.

– O Stefan também.

– E você, como está?

– Nada bem Rose.

– Não está bem pelo Stefan ou pelo Damon?

– Pelos dois.

– Você sabe que não ama os dois. Não do mesmo jeito.

– Rose...

– Você precisa escolher Elena. Seus sentimentos por Damon são diferentes dos seus sentimentos por Stefan. Para você parece a mesma coisa, mas um é mais forte que o outro. É isso que precisa entender e... Escolher o melhor para você.

Ela parecia certa de suas palavras... E suas palavras pareciam certas.

– Quem é o melhor pra você, Elena?

– Eu não sei.

– Sabe sim. Só precisa aceitar.

Ela estava certa. Eu sabia sim.

[...]

Estava no quarto de Damon quando ele apareceu.

– O que vocês está fazendo aqui? - perguntou enquanto pegava uma mala dentro do guarda-roupa.

– Estava te esperando... Damon, o que você está fazendo

– Não posso mais ficar aqui.

– Você não quer mais ficar aqui. É isso, não é? É por causa de mim!

Ele me encostou na parede e colocou um braço de cada lado de mim.

– Você acha que eu estou indo embora por causa de você? Eu te amo, Elena. Mas eu não posso ficar aqui se eu quero te matar.

– Você não vai me machucar. Sabe disso.

– Eu não sou eu nesse momento.

– Mas você não pode me deixar assim.

– É só por um tempo.

– Não! Você não vai sair daqui. Não pode me deixar.

– Elena. Elena calma.

Ele me abraçou quando as lágrimas começaram a cair.

– Promete que não vai me deixar Damon.

– Tudo bem. Eu prometo.

– Não está dizendo isso só para eu me acalmar, não é?

– Não. Eu vou ficar.

– Que bom. Porque... Eu não posso perder você também. Sabe disso, não sabe?

– Eu sei. Se acalme, eu estou aqui.

– Eu te amo, Damon.

Ele se afastou de mim e sorriu. Coo da primeira vez. Como se eu nunca tivesse dito isso para ele.

– Eu te amo, Elena.

– Então não me deixe!

– Eu não vou - sorriu.

Como eu senti falta daquele sorriso. Acariciei seu rosto. Senti o calor de sua pele era a melhor sensação do mundo.

Nos beijamos e foi diferente. Damon estava diferente. Ele estava com medo.

– Sabe que não vai me machucar.

– Eu não estou.. Bem.

– Só pare de pensar nisso.

Ele me beijou de novo. E era ele. Talvez um pouco de si, mas era ele.

Nos senti cair em algum lugar. Estávamos na cama.

– Sabe que isso é perigoso para você.

– Cala a boca.

Damon relaxou. Simplesmente deixou a tensão, o medo e todo o resto de lado, como se tivesse apertado um botão e tudo tivesse ido embora.


[...]

POV Damon


Acordei na manhã seguinte e senti cheiro de sangue. Olhei para o lado e vi que boa parte do travesseiro de Elena estava vermelho. Merda!

Ela dormia tão tranquilamente que parecia que nada além de sexo havia acontecido ali.

Estava sentado na cama quando ela acordou.

– Você está bem? - perguntei assim que ela me olhou.

– Por que não estaria? - respondeu confusa.

– Olhe seu travesseiro.

Ela se sentou e olhou o mesmo.

– Nossa. Sexo selvagem.

– Isso não é brincadeira.

– Eu tô bem. Damon, por favor, pare de se preocupar com isso. E caso esteja duvidando, ontem foi a melhor noite da minha vida!

Levantou brava, vestiu minha blusa que estava no chão e foi para o banheiro.

Olhei mais uma vez para o travesseiro ai meu lado e senti meus olhos queimarem. Isso não pode continuar assim. Não é certo!

[SYMPATHY FOR THE DEVIL] Capítulo Cinco


Capítulo Cinco




Damon sentou-se ao meu lado.

– Não foi uma boa idéia. Desculpe por não ter te escutado.

– Tudo bem. Só me escute quando eu disser que algo não é bom para você.

– Como ele está? – ele pareceu não gostar da pergunta.

– Lexi vai deixá-lo preso por algum tempo. Ele precisa retomar o controle. E você vai voltar para casa comigo. Stefan vai ficar bem.

Não disse nada, apenas assenti. Damon se levantou e me ajudou a fazer o mesmo. Uma lagrima desceu pelo meu rosto.

– O que foi? – perguntou Damon se colocando à minha frente.

– E se ele não ficar bem?

– Ele vai, Elena.

– Como pode ter certeza disso?

– Não tenho. Mas torço para ficar. Você precisa dele.

– Você também.

Seu rosto se transformou em uma mascara rígida. De repente seu humor pareceu mudar.

– Vamos. Está tarde.

Caminhamos em silêncio até o carro. A viagem de volta foi irritantemente silenciosa. Ficar no mesmo ambiente que Damon por mais de 3 horas sem falar absolutamente nada é irritante. Ele só falou comigo quando chegamos à mansão.

– Quer ficar aqui?

Balancei a cabeça, assentindo e ele saiu do carro, indo em direção à casa.


POV Damon


Entrei na casa e sentei no sofá.

Como Stefan pode ser tão idiota? Como ele espera ajuda e autocontrole se não para de fazer merda?

– O que foi Damon? – Elena perguntou entrando na sala.

– O que você acha? Três chances.

– Stefan?

Sorri sem humor algum e ela sentou ao meu lado.

– Damon... Aconteceu alguma coisa que você não me contou?

– Não. Só o que você viu.

– E então...?

– Ele não sabe se controlar. E não tenta. Ele quer ajuda, mas só faz merda.

– Ele está confuso.

– Isso não justifica. Elena, ele quase matou uma criança. Uma criança inocente.

– Tudo bem Damon. Mas não precisa ficar assim.

– Ele estava acabando com a população do Tenessee.

– Lexi está com ele agora. Ele vai ficar bem. Todos nós vamos.

Suspirei e levantei.

– Preciso de uma bebida... Uma de verdade.

– Damon...

– Preciso dar uma volta.

Elena suspirou e assentiu. Mas o que ela realmente queria era me prender dentro de casa.

[...]

– Oi – disse parando na frente de uma garota ruiva.

Ela se assustou de inicio, claro. Mas alguns – poucos – segundos depois ela sorriu.

– Olá.

– Qual o seu nome, gracinha?

– Kelly... E você é...?

– Damon – peguei sua mão e a beijei.

A garota só faltou se derreter toda.

– Desculpe te parar a esta hora, mas... – dei meu melhor sorriso, mesmo sabendo que não precisava muito – Posso te pagar uma bebida?

Seu sorriso se abriu mais e ela assentiu.

– Claro. Por que não?!

Sorri e a levei para um lugar mais escuro, distante da pouca movimentação.

– Não íamos beber alguma coisa?

– Não exatamente.

Encostei-a na parede.

– Não se mexa e não grite – olhei em seus olhos, hipnotizando-a. – Sabe... As vezes tentar ser bom cansa. Você tenta ajudar as pessoas, e adivinha? Elas não querem ajuda! Por quê?

– Talvez... Essas pessoas tenham medo de serem ajudadas – disse ela lentamente.

– Mas e se ela precisar de ajuda? E se ela souber que precisa de ajuda? O que adianta fugir? Quando voltar, os problemas estarão aqui, presentes e, se não resolver de algum jeito, persistirão.

Ela não disse nada.

– É eu já sabia.

Me aproximei dela e a mordi, sentir o gosto do sangue em minha boca foi a melhor sensação que tive o dia todo, desde a primeira que eu matei essa noite, e agora já são dezoito. E não pretendia parar antes de sentir a satisfação de tê-la morta em meus braços. Não demorou para isso acontecer.

– Damon? – alguém me chamou.

A voz não me era estranho, porém não conseguia distinguir, apenas sabia que era mulher. Mas o desejo por sangue aumentava a cada batida de coração que vinha dela. Eu estava ficando sem controle.


POV Elena


Já fazia mais de quatro horas que Damon tinha saído de casa. Resolvi sair para procurá-lo.

Assim que passei pela porta me senti completamente sem rumo.

Tudo bem, se eu fosse um vampiro compulsivo e imprevisível, para onde eu iria? Uma festa, talvez? Ou para uma cidade vizinha? Não. Ele não saiu de carro.

Então me lembrei de que Damon não precisava de carro para sair da cidade, nem de avião para sair do país. Droga Elena.

[...]

Procurei por quase todos os becos da parte escura da cidade. Nada de Damon.

Então comecei a considerar a idéia de ele ter saído de Mystic Falls andando quando o vi abaixado ao lado de uma garota. Me aproximei e pude vê-lo melhor. Ele estava igual o Stefan.

– Damon? – o chamei na esperança de não acontecer a mesma coisa que aconteceu com Stefan.

Ele se levantou, sem se virar. Então pude ver que a garota estava com sangue no pescoço e morta. Ele não se virou assim que levantou. Apenas alguns longos segundos depois.

Mal deu tempo de piscar e Damon já estava em minha frente. Seu rosto completamente mudado. Foi então que eu percebi que, se eu não fizesse alguma coisa, ele me atacaria. Bom, então ele vai me atacar, porque correr não vai resolver a situação.

– Damon não! – gritei antes de sentir seus dentes perfurarem meu pescoço.


POV Damon


A ouvi gritar antes de atacá-la. Não precisei de mais de dez segundos para finalmente descobrir que era Elena. Afastei-me dela. O desespero tomando conta de mim.

– Elena!

– Damon – disse com a voz fraca.

– Meu Deus! Elena, me perdoe.

– O que aconteceu com você, Damon?

– Eu não sei. Sinto muito Elena.

Peguei-a no colo e ela abriu a boca para falar mas eu fui mais rápido.

– Não fale. Vou levá-la para casa.

Ela assentiu e encostou a cabeça em meu peito.

Droga Damon! O que foi isso? Qual é o seu problema? Tudo o que a Elena não precisa agora é se outro Stefan. Ela precisa de você!

[SYMPATHY FOR THE DEVIL] Capítulo Quatro


Capítulo Quatro




Quando acordei no dia seguinte vi que Damon ainda estava do meu lado. Estava encostado na cabeceira da cama e me olhava com um sorriso brincalhão no rosto.

– Bom dia dorminhoca.

– Bom dia – falei ainda deitava. - Que horas são?

– Meio dia, uma hora. Quem liga?

– Achei que fosse me forçar a ir para a escola hoje.

– Não sou seu pai - sorriu - Se você não quer ir, não vá! Mas eu não recomendo faltar muito.

– Obrigada Damon.

– Disponha.

O celular dele tocou.

– Se importa? - perguntou levantando o celular ainda tocando.

– Não, nem um pouco.

Ele não saiu de perto de mim para atender.


POV Damon


Atendi o celular meio preocupado. Lexi nunca liga para dar boas noticias.

– O que foi Lexi?

– Acho que encontrei Stefan.

– Como assim...

– Os corpos estavam montados, Damon.

– A marca dele.

– Sim.

– Isso não é bom. Onde você o encontrou?

– Tennessee.

– Tudo bem, darei um jeito de chegar ai ainda hoje.

– Tente ser rápido, por favor. As pessoas estão morrendo muito rápido por aqui.

– Vou tentar. Obrigado Lexi.

Desliguei o celular e olhei para Elena.

– O que aconteceu? – perguntou apreensiva.

– Lexi achou Stefan no Tennessee. Preciso ir para lá.

– Eu vou com você.

– Não vai não. Você vai ficar aqui com Bonnie e Caroline, elas vão cuidar de você.

– Damon...

– Sem mais Elena. Você não vai. Vou avisar Bonnie e Caroline para não deixarem você sair enquanto eu não estiver aqui.

– Tudo bem Damon. Você venceu. Eu fico.

– Ótimo!

Ela bufou e virou para o outro lado.

– Olha Elena, eu só acho que não é uma boa ideia você participar disso. O Estripador não é legal, ok?

– É o Stefan, Damon!

– Você não queria um tempo sem nenhum de nós? Agora você pode ter. Pode pensar.

– Eu não disse que queria um tempo sem nenhum de vocês.

Ela realmente não tinha dito isso. Parei e pensei um pouco, e com certeza me arrependeria da minha decisão mais tarde.

– Arrume suas coisas.

Elena se sentou na cama e me olhou com as sobrancelhas arqueadas.

– Vamos para o Tennessee. Mas vá logo, antes que eu me arrependa!

Elena sorriu e correu no banheiro para se arrumar.

(...)

Elena entrou no carro e antes que eu começasse a me arrepender, arranquei com o carro. A viagem foi silenciosa. Lexi me mandou uma mensagem me dizendo onde estava. Estacionei o carro em uma casa um pouco afastada da cidade.

Elena estava saindo carro, mas a impedi.

– Melhor ficar aqui – Aconselhei.

– Damon, eu sei o que vou ver lá.

– Sim, mas não acho que seja bom pra você.

– Damon, minha vida é tão cheia de problemas, que nada mais pode me abalar – Falou saindo do carro.

– Ok Elena. Só não me culpe quando tiver pesadelos com pessoas em pedaços! – Saí do carro e caí sobre o olhar reprovador de Elena.

Ergui as mãos em rendição.

– O que ela faz aqui? – Perguntou Lexi, nada simpática.

– Eu disse para ela ficar, mas Elena é teimosa.

– Só espero que ela saiba que esse não é o Stefan, esse é o Estripador, e ele não poupa ninguém – Lexi disse encarando Elena que assentiu.

Entramos na casa e encontramos dois corpos cortados e montados novamente no sofá. Percebi que Elena sentiu repulsa.

– Eu avisei.

– Eu estou bem Damon.

– Não, não está. Você quer encontrar algum vestígio de humanidade em um Estripador, e isso não vai acontecer – Disse Lexi pegando uma garrafa de álcool e jogando nos corpos. – Então antes que se machuque mais, sugiro que vá embora.

Elena cruzou os braços e se manteve firme no lugar.

– Eu sei o que o Stefan é, embora não o enxergue assim. E esse é o problema, idealizei um Stefan perfeito. E pessoas perfeitas, não têm problemas – Elena veio até Lexi e pegou a caixa de fósforos da mão da vampira e riscou um fósforo, ateando fogo nos corpos. – E se quero ajudá-lo, preciso enxergar os problemas.

(...)

Lexi tinha uma pista onde estava Stefan, e resolvemos arriscar. Só não sei como algo envolvendo Elena e o Estripador possa dar certo.

– É aqui.

Lexi estacionou o carro em um lugar escondido por mato e arvores, onde dava vista para uma rua calma e também deserta.

– Como assim aqui? – Perguntei. O lugar era deserto, não entendia o que Stefan faria aqui.

– Stefan vem escondendo os corpos na mata, com exceção daqueles dois, já que era em uma casa afastada da cidade. Acredito que hoje esse lugar seja o alvo, já que ainda não atacou aqui – Explicou Lexi.

– O jeito é esperar – Disse Elena se acomodando no banco de trás.

(...)

De tanto esperar, Elena dormiu. Estava frio, então tirei minha jaqueta e a cobri.

– Elena não deveria estar aqui – Comentou Lexi.

– Eu sei, mas você não conhece a Elena. Quando ela cisma com algo, é impossível convencê-la a mudar de ideia.

– Ainda mais quando se está apaixonado por ela – Lexi me encarou.

Desviei, olhando pra frente, me concentrando em um ponto especifico.

– Tudo bem, ela gosta de você. Só que ela também gosta do Stefan.

Ouvimos um grito ao longe de uma mulher.

– Stefan! – Dissemos juntos.

Eu e Lexi saímos do carro sem acordar Elena. Fomos à direção aos gritos, e chegamos á uma casa no final da rua.

– Que idiota, ao menos podia fazer silencio – Comentei.

– O desespero das pessoas lhe causa prazer.

Arrombei a porta e entrei, Lexi entrou em seguida.

– Andar de cima – Falou e fomos à direção ás escadas.

(...)


POV Elena


Sem que Damon e Lexi vissem, segui os dois, tive que correr mais do que minhas pernas aguentavam. Os gritos iam se aproximando e cada vez pedia para que não fosse o Stefan.

Cheguei à casa, e subi as escadas correndo. Vi Damon e Lexi parados no fim do corredor. Aproximei-me com cautela, quando cheguei próximo e pude ver o que era.

– Stefan... – Falei incrédula.

Não podia acreditar que aquele animal, aquele monstro fosse o Stefan.

Tinha uma moça sem vida em seus braços, enquanto outra, esquartejada, com partes do corpo por todo lado. O mais inacreditável e doentio, é que tinha uma criança junto a eles, que provavelmente seria a próxima vitima.

Quando chamei, Stefan levantou o rosto, parecendo um demônio. Largou o corpo, e veio em minha direção. Me toquei que Stefan iria me atacar e corri, porém Damon e Lexi foram mais rápidos e seguraram Stefan.

Não aguentava ficar mais naquele cenário macabro de filme de terror e corri para fora da casa.

(...)

Estava sentada em baixo de uma arvore grande. Olhando pra casa, sendo fortemente atingida com as imagens de antes. Damon saiu da casa e veio em minha direção.



– Agora entende por que não queria que viesse?

sábado, 18 de junho de 2016

[SYMPATHY FOR THE DEVIL] Capítulo Três



Capítulo Três




POV Damon

Cheguei em casa e procurei por Stefan. Não estava. Até pensei em sair para procurar, mas não fui. Provavelmente ele encontrará o caminho para casa.

Não demorou mais de duas horas para que ele chegasse e eu não demorei mais de dois minutos para perceber que ele tinha ido caçar humanos.

– Onde você foi? – perguntei só para confirmar.

– Caçar?

– Humanos?

– Drenar coelhos e esquilos todos os dias acaba ficando um pouco cansativo – disse irônico.

– Vamos ver... Mais três garotas mortas?

– Duas. Muito bem, Damon.

– Qual é o seu problema?

– Você quer uma lista em ordem alfabética?

– Tudo bem. Não.

– Eu estou cansado disso...

– Do que? Você está cansado do que? Seu idiota. Pare de drama, Stefan. Você não é tudo isso que finge ser.

Ele não disse nada, apenas subiu para o quarto.

Talvez ele sair da cidade agora não seja e pior coisa.

[...]

POV Elena

Depois que Caroline foi embora, eu fiquei deitada na cama. Pensei em tudo que ela disse. Escolher. Essa palavra me assusta... Me dá medo. Não quero ter que escolher, não quero perder nenhum deles.

– Pensando na vida? – alguém perguntou

Olhei para o lado e vi Stefan entrando em meu quarto pela janela.

Ele veio até mim e aproximou seus lábios dos meus. Eu desviei. Não conseguia sequer olhar para Stefan depois do que aconteceu entre mim e Damon. Não por culpa, mas por não saber dos meus sentimentos por eles.

– Aconteceu alguma coisa?

O olhei rapidamente e fitei o chão.

– Precisamos conversar – falei finalmente

– Claro.

Stefan sentou ao meu lado e segurou minha mão. Reprimi a vontade de sair de perto dele e respirei fundo.

– Eu beijei o Damon – percebi que fazer rodeios não seria uma boa idéia agora.

– Como? – Stefan me olhava incrédulo.

– Acho que preciso de um tempo...

– Para que?

– Stefan, eu estou confusa.

– Sobre?

– Você, Damon...

– O que foi que aconteceu exatamente entre vocês?

Eu não queria mentir para ele, mas claro que também não queria dizer exatamente tudo o que aconteceu entre mim e Damon. Era muito para ele.

– Nada – falei, mas minha voz falhou.

– Não precisa mentir – agora ele parecia mais calmo. – Eu sei que antes de Damon ir embora vocês se aproximaram... E que talvez você goste dele...

– Sim, nós nos aproximamos antes de ele ir e nos reaproximamos agora que ele voltou. Por isso que preciso de um tempo, porque eu não sei o que eu sinto por vocês. Eu estou confusa.

– Claro. O tempo que precisar.

Stefan sorriu fraco e saiu do quarto pela janela. Meu celular tocou. Era Damon.

– O que foi? – atendi.

– Stefan está ai?

– Acabou de sair.

– O que ele foi fazer ai?

– Não sei ao certo.

– Então...?

– Eu contei para ele sobre nós.

– Por quê?

– Eu não posso mentir para ele... Assim como eu não posso mentir para você.

– Tudo bem. Depois a gente conversa sobre isso. Stefan está aqui – Damon fez uma pausa. – Stefan está aqui. Mais tarde eu passo ai – sussurrou. Talvez para Stefan não ouvir.

– Ta bom.

[...]

Estava deitada na cama quando alguém bateu na porta.

– Entra – falei alto o suficiente para ouvirem do lado de fora.

A porta abriu e Damon entrou no quarto.

– Desculpe, mas você não deixou a janela aberta então eu tive que entrar pela porta dos fundos.

Damon fechou a porta e veio até a cama, sentando ao meu lado.

– Eu que peço desculpas – sorri. Pela primeira vez hoje eu sorri de verdade.

– Quer conversar sobre o Stefan?

Ele se aproximou mais e eu sentei na cama.

– Eu pedi um tempo a ele. Eu estou confusa.

– Sobre o que? Nós?

– Sim.

Ele colocou uma mão em meu rosto. E seu toque fez eu me arrepiar.

– Eu conversei com Stefan – falou depois de um tempo. Talvez um minuto inteiro.

– E...?

– Ele resolveu sair de Mystic Falls.

– E você vai deixar?

– O que quer que eu faça? Que eu o amarre e jogue-o em um poço de verbena?

– Não.

– Ele também precisa de um tempo, Elena. Tudo o que ele está passando... Não é só porque ele é um vampiro que ele não sente.

– Não foram vocês que me disseram que vampiros podem se desligar? – perguntei irônica.

– Na verdade, não podemos. Isso é papo furado. Quer dizer... Os vampiros que querem assustar dizem que não sentem, mas a real é que todos nós sentimos. Não existe interruptor de humanidade nem nada disso.

Damon sorriu e deitou na cama e eu deitei ao seu lado com a cabeça em seu peito.

– Stefan vai ficar bem. Todos nos vamos – sussurrou e beijou minha testa.

– Acho que ele pode se cuidar.



O abracei. Talvez por medo de perdê-lo, mesmo sabendo que ele nunca me deixaria.