domingo, 19 de junho de 2016

[SYMPATHY FOR THE DEVIL] Capítulo Sete


Capítulo Sete




POV Elena

Duas semanas depois.

Damon está mais estranho a cada dia que passa. Sem controle. Ele não fica mais em casa, e quando fica se mantém o mais distante possível de mim. Não sei mais o que fazer. Não quero prendê-lo, embora nesse momento essa seja a melhor coisa a se fazer. Para ajudar, não tenho noticias de Stefan hà duas semanas. Minha vida está uma bagunça. Tudo está uma bagunça. Que merda.

Até pensei em pedir ajuda para Caroline, mas ela tem um ódio infinito de Damon. Nem se eu implorasse ela faria isso por ele. E eu não a culpo. Damon realmente fez coisas horríveis com ela.

Ele passou as ultimas duas semanas me mandando ir para casa. Mas eu não ficaria bem sabendo que qualquer coisa poderia acontecer com ele.

Hoje tem um baile na escola e Caroline quer que eu vá. Damon também. Uma ou duas vezes eu tive a impressão de estar sufocando-o. Por ele estar passando por tudo isso. Talvez ele queira se livrar de mim.

Caroline me ligou de manhã para falar que vai trazer meu vestido de tarde. Isso significa que não tenho outra escolha alem de ir a essa baile estúpido!

_

– Vamos Elena. Vamos nos atrasar. Sabe que eu odeio chegar atrasada nos bailes.

– Só um minuto.

Cada palavra de Caroline me fazia querer desistir de ir a esse baile estúpido. Eu queria ficar com Damon. Tentar ajudá-lo mesmo sabendo que minha ajuda é inútil para ele.

– Já deu um minuto Elena. Vamos.


[...]


Às vezes passa em minha cabeça que Caroline só está fazendo tudo isso para me manter longe de Damon. Ou pode ser até a pedido dele. Mas por quê? Ele sabe que não vai me machucar.

– Resolveu aparecer? – Matt disse me abraçando.

– Não tive escolha. Caroline me arrastou até aqui.

– Ela só está sendo ela.

– Não acredito muito nisso.

– Ela só quer te proteger de tudo o que você está passando.

– De Damon, você quer dizer. Não tente me enganar Matt, eu sei o que ela está fazendo.

– Ela está fazendo o melhor para você.

– Para mim. Sei.

Olhei em volta. O ginásio estava bem cheio. Tinha até gente que não era da escola. Perfeito. Poderia arrumar um jeito de sair sem Caroline perceber.

– Já volto. Preciso de uma bebida.

Matt assentiu e eu me distanciei. Olhei para trás algumas vezes antes de mudar o caminho e sair do ginásio.

Não sabia exatamente para onde ir. Na verdade, mal sabia o que eu estava fazendo.


[...]


Entrei no cemitério e preferi ter ido para casa. Estranho. Antes eu não tinha tanto medo de entrar no cemitério sozinha e agora, só de chegar à porta já me causa arrepios.

Fui até o canto onde estava quase toda a Família Gilbert. Minha mãe, meu pai, Jenna... John. Eu só tinha Jeremy e Alaric.

Sentei no chão de frente para as lápides. Observá-las era um tanto doloroso.


[...]


Acabei dormindo no chão. Acordei com barulho de passos e galhos se quebrando. Tinha neblina em volta de mim e um corvo em cima de uma das lapides. Isso não me parecia estranho... Damon. Ele estava no cemitério.

– Damon – gritei e levantei. – Damon eu sei que está aqui.

O Corvo sumiu.

– Damon? – chamei novamente.

Que besteira minha. O que Damon ia fazer no cemitério? Me virei e levei um susto; Damon estava atrás de mim.

– Me chamou?

– O que você está fazendo aqui? – perguntei.

– Estava passando.

Um carro passou na rua e a luz dos faróis iluminou Damon por um instante. Levei um choque. Ele estava todo sujo de sangue.

– O que você estava fazendo?

– Nada demais.

– Damon!

– O que foi Elena? – ele falou alto, quase gritou.

– Vamos embora Damon.

– Embora? Por quê? Aconteceu alguma coisa?

– Me diz você. Você está fora de controle Damon. Sabe o que você está virando? Um Stefan! É isso o que você quer? Ser igual a ele?

Em poucos milésimos ele estava a milímetros de mim, podia sentir sua respiração em meu rosto e o cheiro de sangue. Ele estava em um estado deplorável. Não era o Damon que eu conheci, nem de longe.

– Por quê? Isso te incomoda? Dias atrás você queria que eu fosse como ele.

– Não Damon. Eu nunca quis que você fosse como ele.

Seu corpo estava mais próximo do meu, sua cabeça se curvava lentamente na direção de meu pescoço. E então flashes do dia em que Stefan tentou me atacar vieram à minha mente... Toda aquela cena, os pedaços do corpo daquela mulher... Os corpos montados no sofá. E então a imagem de Damon me atacando. Mas não foi como realmente aconteceu. Eu estava morta em seus braços e no canto de seus lábios, surgia um sorriso. E eu voltei à realidade.

– Confia tanto em mim para desistir da Verbena? Como você é corajosa.

– O que você fez?

– Te mostrei a realidade. O que eu sou... O que pode acontecer se você insistir em consertar algo que sabe que não tem conserto.

– Você está me ameaçando?

– Interprete como quiser. Bom... Preciso de uma bebida. Te vejo em casa?

Antes que eu pensasse em uma resposta ele já tinha sumido.

Sai do cemitério e voltei para a casa andando. Como ele pôde? Meu Deus. Damon estava definitivamente fora de si.

Entrei na casa e fui direto para o quarto. Procurei por meu celular e assim que o achei liguei para Stefan.

– O que foi?

– Stefan... Eu preciso de ajuda.

– O que aconteceu agora?

– Damon está fora de controle.

– O que espera que eu faça?

– Stefan, por favor, ele precisa da sua ajuda.

– Minha ajuda?

– Não acho que ele vá ouvir outra pessoa a não ser você, Stefan.

– Você fica semanas sem falar comigo e me liga para eu ir salvar Damon do seu lado escuro?

– Estou pedindo isso por ele. Porque ele é seu irmão e você o ama.

O ouvi suspirar.

– Tudo bem, Elena.

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