sábado, 18 de junho de 2016

[SYMPATHY FOR THE DEVIL] Capítulo Três



Capítulo Três




POV Damon

Cheguei em casa e procurei por Stefan. Não estava. Até pensei em sair para procurar, mas não fui. Provavelmente ele encontrará o caminho para casa.

Não demorou mais de duas horas para que ele chegasse e eu não demorei mais de dois minutos para perceber que ele tinha ido caçar humanos.

– Onde você foi? – perguntei só para confirmar.

– Caçar?

– Humanos?

– Drenar coelhos e esquilos todos os dias acaba ficando um pouco cansativo – disse irônico.

– Vamos ver... Mais três garotas mortas?

– Duas. Muito bem, Damon.

– Qual é o seu problema?

– Você quer uma lista em ordem alfabética?

– Tudo bem. Não.

– Eu estou cansado disso...

– Do que? Você está cansado do que? Seu idiota. Pare de drama, Stefan. Você não é tudo isso que finge ser.

Ele não disse nada, apenas subiu para o quarto.

Talvez ele sair da cidade agora não seja e pior coisa.

[...]

POV Elena

Depois que Caroline foi embora, eu fiquei deitada na cama. Pensei em tudo que ela disse. Escolher. Essa palavra me assusta... Me dá medo. Não quero ter que escolher, não quero perder nenhum deles.

– Pensando na vida? – alguém perguntou

Olhei para o lado e vi Stefan entrando em meu quarto pela janela.

Ele veio até mim e aproximou seus lábios dos meus. Eu desviei. Não conseguia sequer olhar para Stefan depois do que aconteceu entre mim e Damon. Não por culpa, mas por não saber dos meus sentimentos por eles.

– Aconteceu alguma coisa?

O olhei rapidamente e fitei o chão.

– Precisamos conversar – falei finalmente

– Claro.

Stefan sentou ao meu lado e segurou minha mão. Reprimi a vontade de sair de perto dele e respirei fundo.

– Eu beijei o Damon – percebi que fazer rodeios não seria uma boa idéia agora.

– Como? – Stefan me olhava incrédulo.

– Acho que preciso de um tempo...

– Para que?

– Stefan, eu estou confusa.

– Sobre?

– Você, Damon...

– O que foi que aconteceu exatamente entre vocês?

Eu não queria mentir para ele, mas claro que também não queria dizer exatamente tudo o que aconteceu entre mim e Damon. Era muito para ele.

– Nada – falei, mas minha voz falhou.

– Não precisa mentir – agora ele parecia mais calmo. – Eu sei que antes de Damon ir embora vocês se aproximaram... E que talvez você goste dele...

– Sim, nós nos aproximamos antes de ele ir e nos reaproximamos agora que ele voltou. Por isso que preciso de um tempo, porque eu não sei o que eu sinto por vocês. Eu estou confusa.

– Claro. O tempo que precisar.

Stefan sorriu fraco e saiu do quarto pela janela. Meu celular tocou. Era Damon.

– O que foi? – atendi.

– Stefan está ai?

– Acabou de sair.

– O que ele foi fazer ai?

– Não sei ao certo.

– Então...?

– Eu contei para ele sobre nós.

– Por quê?

– Eu não posso mentir para ele... Assim como eu não posso mentir para você.

– Tudo bem. Depois a gente conversa sobre isso. Stefan está aqui – Damon fez uma pausa. – Stefan está aqui. Mais tarde eu passo ai – sussurrou. Talvez para Stefan não ouvir.

– Ta bom.

[...]

Estava deitada na cama quando alguém bateu na porta.

– Entra – falei alto o suficiente para ouvirem do lado de fora.

A porta abriu e Damon entrou no quarto.

– Desculpe, mas você não deixou a janela aberta então eu tive que entrar pela porta dos fundos.

Damon fechou a porta e veio até a cama, sentando ao meu lado.

– Eu que peço desculpas – sorri. Pela primeira vez hoje eu sorri de verdade.

– Quer conversar sobre o Stefan?

Ele se aproximou mais e eu sentei na cama.

– Eu pedi um tempo a ele. Eu estou confusa.

– Sobre o que? Nós?

– Sim.

Ele colocou uma mão em meu rosto. E seu toque fez eu me arrepiar.

– Eu conversei com Stefan – falou depois de um tempo. Talvez um minuto inteiro.

– E...?

– Ele resolveu sair de Mystic Falls.

– E você vai deixar?

– O que quer que eu faça? Que eu o amarre e jogue-o em um poço de verbena?

– Não.

– Ele também precisa de um tempo, Elena. Tudo o que ele está passando... Não é só porque ele é um vampiro que ele não sente.

– Não foram vocês que me disseram que vampiros podem se desligar? – perguntei irônica.

– Na verdade, não podemos. Isso é papo furado. Quer dizer... Os vampiros que querem assustar dizem que não sentem, mas a real é que todos nós sentimos. Não existe interruptor de humanidade nem nada disso.

Damon sorriu e deitou na cama e eu deitei ao seu lado com a cabeça em seu peito.

– Stefan vai ficar bem. Todos nos vamos – sussurrou e beijou minha testa.

– Acho que ele pode se cuidar.



O abracei. Talvez por medo de perdê-lo, mesmo sabendo que ele nunca me deixaria.

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