Capítulo Quatro
Quando acordei no dia seguinte vi que Damon ainda estava do meu lado. Estava encostado na cabeceira da cama e me olhava com um sorriso brincalhão no rosto.
– Bom dia dorminhoca.
– Bom dia – falei ainda deitava. - Que horas são?
– Meio dia, uma hora. Quem liga?
– Achei que fosse me forçar a ir para a escola hoje.
– Não sou seu pai - sorriu - Se você não quer ir, não vá! Mas eu não recomendo faltar muito.
– Obrigada Damon.
– Disponha.
O celular dele tocou.
– Se importa? - perguntou levantando o celular ainda tocando.
– Não, nem um pouco.
Ele não saiu de perto de mim para atender.
POV Damon
Atendi o celular meio preocupado. Lexi nunca liga para dar boas noticias.
– O que foi Lexi?
– Acho que encontrei Stefan.
– Como assim...
– Os corpos estavam montados, Damon.
– A marca dele.
– Sim.
– Isso não é bom. Onde você o encontrou?
– Tennessee.
– Tudo bem, darei um jeito de chegar ai ainda hoje.
– Tente ser rápido, por favor. As pessoas estão morrendo muito rápido por aqui.
– Vou tentar. Obrigado Lexi.
Desliguei o celular e olhei para Elena.
– O que aconteceu? – perguntou apreensiva.
– Lexi achou Stefan no Tennessee. Preciso ir para lá.
– Eu vou com você.
– Não vai não. Você vai ficar aqui com Bonnie e Caroline, elas vão cuidar de você.
– Damon...
– Sem mais Elena. Você não vai. Vou avisar Bonnie e Caroline para não deixarem você sair enquanto eu não estiver aqui.
– Tudo bem Damon. Você venceu. Eu fico.
– Ótimo!
Ela bufou e virou para o outro lado.
– Olha Elena, eu só acho que não é uma boa ideia você participar disso. O Estripador não é legal, ok?
– É o Stefan, Damon!
– Você não queria um tempo sem nenhum de nós? Agora você pode ter. Pode pensar.
– Eu não disse que queria um tempo sem nenhum de vocês.
Ela realmente não tinha dito isso. Parei e pensei um pouco, e com certeza me arrependeria da minha decisão mais tarde.
– Arrume suas coisas.
Elena se sentou na cama e me olhou com as sobrancelhas arqueadas.
– Vamos para o Tennessee. Mas vá logo, antes que eu me arrependa!
Elena sorriu e correu no banheiro para se arrumar.
(...)
Elena entrou no carro e antes que eu começasse a me arrepender, arranquei com o carro. A viagem foi silenciosa. Lexi me mandou uma mensagem me dizendo onde estava. Estacionei o carro em uma casa um pouco afastada da cidade.
Elena estava saindo carro, mas a impedi.
– Melhor ficar aqui – Aconselhei.
– Damon, eu sei o que vou ver lá.
– Sim, mas não acho que seja bom pra você.
– Damon, minha vida é tão cheia de problemas, que nada mais pode me abalar – Falou saindo do carro.
– Ok Elena. Só não me culpe quando tiver pesadelos com pessoas em pedaços! – Saí do carro e caí sobre o olhar reprovador de Elena.
Ergui as mãos em rendição.
– O que ela faz aqui? – Perguntou Lexi, nada simpática.
– Eu disse para ela ficar, mas Elena é teimosa.
– Só espero que ela saiba que esse não é o Stefan, esse é o Estripador, e ele não poupa ninguém – Lexi disse encarando Elena que assentiu.
Entramos na casa e encontramos dois corpos cortados e montados novamente no sofá. Percebi que Elena sentiu repulsa.
– Eu avisei.
– Eu estou bem Damon.
– Não, não está. Você quer encontrar algum vestígio de humanidade em um Estripador, e isso não vai acontecer – Disse Lexi pegando uma garrafa de álcool e jogando nos corpos. – Então antes que se machuque mais, sugiro que vá embora.
Elena cruzou os braços e se manteve firme no lugar.
– Eu sei o que o Stefan é, embora não o enxergue assim. E esse é o problema, idealizei um Stefan perfeito. E pessoas perfeitas, não têm problemas – Elena veio até Lexi e pegou a caixa de fósforos da mão da vampira e riscou um fósforo, ateando fogo nos corpos. – E se quero ajudá-lo, preciso enxergar os problemas.
(...)
Lexi tinha uma pista onde estava Stefan, e resolvemos arriscar. Só não sei como algo envolvendo Elena e o Estripador possa dar certo.
– É aqui.
Lexi estacionou o carro em um lugar escondido por mato e arvores, onde dava vista para uma rua calma e também deserta.
– Como assim aqui? – Perguntei. O lugar era deserto, não entendia o que Stefan faria aqui.
– Stefan vem escondendo os corpos na mata, com exceção daqueles dois, já que era em uma casa afastada da cidade. Acredito que hoje esse lugar seja o alvo, já que ainda não atacou aqui – Explicou Lexi.
– O jeito é esperar – Disse Elena se acomodando no banco de trás.
(...)
De tanto esperar, Elena dormiu. Estava frio, então tirei minha jaqueta e a cobri.
– Elena não deveria estar aqui – Comentou Lexi.
– Eu sei, mas você não conhece a Elena. Quando ela cisma com algo, é impossível convencê-la a mudar de ideia.
– Ainda mais quando se está apaixonado por ela – Lexi me encarou.
Desviei, olhando pra frente, me concentrando em um ponto especifico.
– Tudo bem, ela gosta de você. Só que ela também gosta do Stefan.
Ouvimos um grito ao longe de uma mulher.
– Stefan! – Dissemos juntos.
Eu e Lexi saímos do carro sem acordar Elena. Fomos à direção aos gritos, e chegamos á uma casa no final da rua.
– Que idiota, ao menos podia fazer silencio – Comentei.
– O desespero das pessoas lhe causa prazer.
Arrombei a porta e entrei, Lexi entrou em seguida.
– Andar de cima – Falou e fomos à direção ás escadas.
(...)
POV Elena
Sem que Damon e Lexi vissem, segui os dois, tive que correr mais do que minhas pernas aguentavam. Os gritos iam se aproximando e cada vez pedia para que não fosse o Stefan.
Cheguei à casa, e subi as escadas correndo. Vi Damon e Lexi parados no fim do corredor. Aproximei-me com cautela, quando cheguei próximo e pude ver o que era.
– Stefan... – Falei incrédula.
Não podia acreditar que aquele animal, aquele monstro fosse o Stefan.
Tinha uma moça sem vida em seus braços, enquanto outra, esquartejada, com partes do corpo por todo lado. O mais inacreditável e doentio, é que tinha uma criança junto a eles, que provavelmente seria a próxima vitima.
Quando chamei, Stefan levantou o rosto, parecendo um demônio. Largou o corpo, e veio em minha direção. Me toquei que Stefan iria me atacar e corri, porém Damon e Lexi foram mais rápidos e seguraram Stefan.
Não aguentava ficar mais naquele cenário macabro de filme de terror e corri para fora da casa.
(...)
– Agora entende por que não queria que viesse?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.