domingo, 19 de junho de 2016

[SYMPATHY FOR THE DEVIL] Capítulo Cinco


Capítulo Cinco




Damon sentou-se ao meu lado.

– Não foi uma boa idéia. Desculpe por não ter te escutado.

– Tudo bem. Só me escute quando eu disser que algo não é bom para você.

– Como ele está? – ele pareceu não gostar da pergunta.

– Lexi vai deixá-lo preso por algum tempo. Ele precisa retomar o controle. E você vai voltar para casa comigo. Stefan vai ficar bem.

Não disse nada, apenas assenti. Damon se levantou e me ajudou a fazer o mesmo. Uma lagrima desceu pelo meu rosto.

– O que foi? – perguntou Damon se colocando à minha frente.

– E se ele não ficar bem?

– Ele vai, Elena.

– Como pode ter certeza disso?

– Não tenho. Mas torço para ficar. Você precisa dele.

– Você também.

Seu rosto se transformou em uma mascara rígida. De repente seu humor pareceu mudar.

– Vamos. Está tarde.

Caminhamos em silêncio até o carro. A viagem de volta foi irritantemente silenciosa. Ficar no mesmo ambiente que Damon por mais de 3 horas sem falar absolutamente nada é irritante. Ele só falou comigo quando chegamos à mansão.

– Quer ficar aqui?

Balancei a cabeça, assentindo e ele saiu do carro, indo em direção à casa.


POV Damon


Entrei na casa e sentei no sofá.

Como Stefan pode ser tão idiota? Como ele espera ajuda e autocontrole se não para de fazer merda?

– O que foi Damon? – Elena perguntou entrando na sala.

– O que você acha? Três chances.

– Stefan?

Sorri sem humor algum e ela sentou ao meu lado.

– Damon... Aconteceu alguma coisa que você não me contou?

– Não. Só o que você viu.

– E então...?

– Ele não sabe se controlar. E não tenta. Ele quer ajuda, mas só faz merda.

– Ele está confuso.

– Isso não justifica. Elena, ele quase matou uma criança. Uma criança inocente.

– Tudo bem Damon. Mas não precisa ficar assim.

– Ele estava acabando com a população do Tenessee.

– Lexi está com ele agora. Ele vai ficar bem. Todos nós vamos.

Suspirei e levantei.

– Preciso de uma bebida... Uma de verdade.

– Damon...

– Preciso dar uma volta.

Elena suspirou e assentiu. Mas o que ela realmente queria era me prender dentro de casa.

[...]

– Oi – disse parando na frente de uma garota ruiva.

Ela se assustou de inicio, claro. Mas alguns – poucos – segundos depois ela sorriu.

– Olá.

– Qual o seu nome, gracinha?

– Kelly... E você é...?

– Damon – peguei sua mão e a beijei.

A garota só faltou se derreter toda.

– Desculpe te parar a esta hora, mas... – dei meu melhor sorriso, mesmo sabendo que não precisava muito – Posso te pagar uma bebida?

Seu sorriso se abriu mais e ela assentiu.

– Claro. Por que não?!

Sorri e a levei para um lugar mais escuro, distante da pouca movimentação.

– Não íamos beber alguma coisa?

– Não exatamente.

Encostei-a na parede.

– Não se mexa e não grite – olhei em seus olhos, hipnotizando-a. – Sabe... As vezes tentar ser bom cansa. Você tenta ajudar as pessoas, e adivinha? Elas não querem ajuda! Por quê?

– Talvez... Essas pessoas tenham medo de serem ajudadas – disse ela lentamente.

– Mas e se ela precisar de ajuda? E se ela souber que precisa de ajuda? O que adianta fugir? Quando voltar, os problemas estarão aqui, presentes e, se não resolver de algum jeito, persistirão.

Ela não disse nada.

– É eu já sabia.

Me aproximei dela e a mordi, sentir o gosto do sangue em minha boca foi a melhor sensação que tive o dia todo, desde a primeira que eu matei essa noite, e agora já são dezoito. E não pretendia parar antes de sentir a satisfação de tê-la morta em meus braços. Não demorou para isso acontecer.

– Damon? – alguém me chamou.

A voz não me era estranho, porém não conseguia distinguir, apenas sabia que era mulher. Mas o desejo por sangue aumentava a cada batida de coração que vinha dela. Eu estava ficando sem controle.


POV Elena


Já fazia mais de quatro horas que Damon tinha saído de casa. Resolvi sair para procurá-lo.

Assim que passei pela porta me senti completamente sem rumo.

Tudo bem, se eu fosse um vampiro compulsivo e imprevisível, para onde eu iria? Uma festa, talvez? Ou para uma cidade vizinha? Não. Ele não saiu de carro.

Então me lembrei de que Damon não precisava de carro para sair da cidade, nem de avião para sair do país. Droga Elena.

[...]

Procurei por quase todos os becos da parte escura da cidade. Nada de Damon.

Então comecei a considerar a idéia de ele ter saído de Mystic Falls andando quando o vi abaixado ao lado de uma garota. Me aproximei e pude vê-lo melhor. Ele estava igual o Stefan.

– Damon? – o chamei na esperança de não acontecer a mesma coisa que aconteceu com Stefan.

Ele se levantou, sem se virar. Então pude ver que a garota estava com sangue no pescoço e morta. Ele não se virou assim que levantou. Apenas alguns longos segundos depois.

Mal deu tempo de piscar e Damon já estava em minha frente. Seu rosto completamente mudado. Foi então que eu percebi que, se eu não fizesse alguma coisa, ele me atacaria. Bom, então ele vai me atacar, porque correr não vai resolver a situação.

– Damon não! – gritei antes de sentir seus dentes perfurarem meu pescoço.


POV Damon


A ouvi gritar antes de atacá-la. Não precisei de mais de dez segundos para finalmente descobrir que era Elena. Afastei-me dela. O desespero tomando conta de mim.

– Elena!

– Damon – disse com a voz fraca.

– Meu Deus! Elena, me perdoe.

– O que aconteceu com você, Damon?

– Eu não sei. Sinto muito Elena.

Peguei-a no colo e ela abriu a boca para falar mas eu fui mais rápido.

– Não fale. Vou levá-la para casa.

Ela assentiu e encostou a cabeça em meu peito.

Droga Damon! O que foi isso? Qual é o seu problema? Tudo o que a Elena não precisa agora é se outro Stefan. Ela precisa de você!

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