Capítulo Um
– Olá irmãozinho – parei na janela do quarto de Stefan.
– Damon. O que ta fazendo aqui?
– Hm, às vezes demônios como nós sentimos saudades.
– Sei.
– Por que não acredita em mim?
– Talvez seja porque você costuma mentir muito.
– Ta bom.
– Olha Damon, eu tenho que sair para fazer umas coisas, então... Sinta-se em casa – falou sarcástico.
– Vai fazer o que?
– Não é da sua conta.
– Ta bom, não quero mais saber... Mas só por curiosidade... Você não vai caçar coelhos, vai?
– Agora eu caço esquilos Damon! – seu tom era de pura ironia.
– Que nojo.
– Tchau.
Stefan saiu e eu fui para o meu quarto, que estava largado desde quando fui embora, há três anos. Até pensei em arrumá-lo, mas eu não sou tão organizado assim. Vou sair... Caçar algumas universitárias pra me fazer companhia.
Sai de casa e andei por Mystic Falls, atravessei a ponte Wickery, andei pelo cemitério e pela mata. Só na volta que resolvi fazer o que sai para fazer: caçar... ou sequestrar alguém.
[...]
– Primeiro as damas. – apontei para as duas garotas entrarem na casa primeiro.
Quando entrei senti um cheiro de sangue, mas não era de nenhuma das meninas que estavam comigo. Nem precisei ir até a sala de estar para saber que Stefan estava fazendo uma festa particular. Havia duas garotas mortas no pé da escada.
– Como você pode dar uma festa dessas e não me chamar?
– O que ta fazendo aqui?
– Agora eu moro aqui também. Eu ia perguntar o que você está fazendo com essas garotas aqui, já que pra uma festa não precisa de tanto sangue... Mas acho que a resposta está meio óbvia, não é mesmo Senhor Fora de Controle?
– Ai você resolveu voltar pra ficar no meu pé?
– Você não precisa fazer isso – apontei para as duas, -agora três-, garotas no pé da escada. – Você quer diminuir a população de Mystic Falls? Olha tenho uma péssima noticia pra você, a cidade é muito pequena para transformá-la em posto de abastecimento! E você sabe que os moradores daqui sabem da existência de vampiros. Ou você ainda acha que a sua namoradinha é a única?
– E aonde você quer chegar com tudo isso?
– Eu quero te ajudar.
– Eu não preciso da sua ajuda.
– Você sabe que precisa, não adianta você fingir que está bem e sob controle, eu sei e você também sabe que não. – Stefan me encarou serio, ele sabia que eu estava certo. – Você precisa de sangue humano, mas não precisa matar. Vem cá, gracinha. – estendi a mão para a ruiva que estava na sala.
Coloquei-a na minha frente e pus seu cabelo para o lado. Olhei para Stefan e mordi a garota. O olhei novamente e, seu rosto já havia mudado, empurrei a garota para ele.
– Aproveite!
Ele me encarou brevemente, pois o desejo era maior que a raiva. Ele mordeu a menina novamente, mas eu não podia o deixar matar mais uma. A tirei de perto dele e dei meu sangue a ela.
– Mais um minuto e seriam quatro garotas ali. – acenei com a cabeça para as que estavam jogadas no chão.
A porta da frente se abriu e alguns segundos depois Elena apareceu na sala.
– O que vocês estão fazendo?
– Por que essa cara? – perguntei vendo a cara de espanto de Elena.
– O que vocês dois estão fazendo?
– Stefan precisa aprender a se controlar
– E você pretende ajudá-lo como? Matando inocentes? – apontou para as garotas no chão.
– Elas já estavam ali quando eu cheguei – me defendi. – E você vai embora e não vai se lembrar de nada que aconteceu aqui. – falei para a menina ruiva olhando em seus olhos, a hipnotizando.
– Mas você também mata pessoas que não tem absolutamente nada a ver com a sua raiva.
– E por acaso a menina que saiu daqui parecia um zumbi?
– Faça o que você quiser Damon!
Elena encarou Stefan e saiu.
– Depois eu falo com ela, agora eu preciso que você se livre dessas duas aqui que eu vou me livrar dos corpos.
Stefan assentiu e eu levei os corpos para a mata, colocando fogo neles.
Pov Elena
– Bonnie, o Damon voltou – falei sentando-me ao lado dela em minha cama.
– O Damon o que?
– Sim, ele voltou. E... o Stefan está de novo fora de controle.
– E como você está?
– É difícil conviver com isso. Damon, Stefan...
– Elena, já se passaram três anos!
– Eu sei quanto tempo passou.
– Ainda gosta dele, não é? – hesitei, mas acabei respondendo.
– Sim.
– E o que vai fazer a respeito disso?
– Bonnie, eu... eu o amo também. O que quer que eu faça?
O silencio tomou conta do cômodo, até Damon parar na soleira da porta.
– Preciso falar com você – olhou para Bonnie e depois para mim – A sós.
– Não vou deixar ela sozinha com você. Não confio em você.
– Que bom, porque eu também não confio em você... E eu também não gosto de você, e não te convido para esta conversa.
– Damon...
Antes que eu pudesse terminar a frase Damon estava no chão e Bonnie o olhava sério, com raiva.
– Bonnie para – gritei e ela parou
Não deu tempo de eu me abaixar para verificar de Damon estava bem, – mesmo sabendo que sim – pois ele já segurava Bonnie pelo pescoço na parede, os pés dela não encostavam o chão.
– Escuta aqui sua bruxa insignificante, se eu fosse você não faria isso de novo. Pois nós dois sabemos que eu adoro quebrar pescoços, e não vou hesitar em quebrar o seu.
Ele a soltou e ela caiu no chão. Damon agachou ao lado dela.
– Estamos entendidos?
– Eu produzo fogo com a mente, Damon. E fogo mata vampiros.
– E ameaças não funcionam comigo, então seja legal e eu não te mato!
Bonnie se levantou e saiu do quarto.
– Não precisava disso Damon! – falei indo me sentar na cama.
– Precisava sim – sentou ao meu lado.
– O que você veio fazer aqui?
– Vim te dizer que eu vou ajudar o Stefan.
– A matar?
– A ter controle.
– E por que esta me dizendo isso?
– Porque eu preciso que confie em mim.
– E você vai fazer igual fez em 1912? Stefan me contou. Você poderia ter ajudado, mas você não quis.
– Mas agora eu quero – ele segurou meu rosto entre as mãos e olhou em meus olhos – Elena, confia em mim. Eu farei isso por ele e... Por você – agora ele acariciava minhas bochechas.
– Por que por mim se quem precisa de ajuda é ele?
– Porque você o ama... e eu te amo.
Dificilmente se via Damon deixar escapar uma só lagrima, mas eu vi, as lagrimas escorriam por seu rosto.
– Damon – limpei as lagrimas de seu rosto – eu confio em você – sorriu fraco. – Damon eu...
– Não Elena. Eu não posso mais ficar entre você e Stefan, então... Quando Stefan estiver sob controle eu vou embora... E não voltarei mais.
– Você já está entre nós, Damon. Você ir embora não vai ajudar.
– Então o que você quer que eu faça?
– Você fica – sorri e me aproximei dele.
– Elena.
– Damon, eu te amo.
Ele não desviou os olhos em momento algum, e após minha “confissão”, me olhou surpreso, mas sorriu. Sorri também e encostei meus lábios nos dele. Não havia mais nada a dizer, ali estava; o momento perfeito, com a pessoa perfeita! E nada mudaria isso, não agora.
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